O governo fez bem: os R$ 500 mil confirmados para o Hospital do Câncer de Palmas (o Hospital de Amor) é uma contribuição relevante. Ainda pequena, mas importante. Já senti na carne as dificuldades de tratamento de câncer de uma filha no serviço de saúde no Estado. Minha filha venceu a doença, outros também tem direito de combatê-la e à vida. A maioria dos cânceres tem cura, bastando para tanto um tratamento adequado.
Acompanhei por anos dezenas de criancinhas do interior do Estado ali, sofrendo o HGP, apesar da dedicação de oncologistas e hematologistas. Um sofrimento carregado também pelos pais que, sem condições financeiras, submetem-se à rotineira falta de medicamentos.
Para conseguir uma vaga no Hospital de Barretos (convênio com o Estado e que recebe emendas parlamentares) não raro recorria-se a ações políticas. Um adicional ao sofrimento já que em São Paulo, distante dos familiares, o tratamento não era o mesmo. Nos cânceres a relação familiar é fundamental.
O Hospital de Amor (uma ramificação do Hospital de Barretos) irá mitigar parte deste sofrimento e aumentar as possibilidades de cura dos pacientes. E na própria Capital. Daí a relevância da sensibilidade do governo para a questão.