Há movimentos que não chamariam atenção não fosse a importância que a eles se dá e que transcenderia sua dimensão. No que terminam sendo instrumento de terceiros interessados que não se apresentam.

Uma associação que se diz representante de entidades do agronegócio diante da “flopada” do “Grito do Agro” – que programou para 20 de fevereiro -   decidiu mudar a estratégia: passou a atribuir ao governo responsabilidade do fracasso antecipado.

Não demonstrou a premissa, mas já está sendo tratada como um Davi contra o Golias Wanderlei. Obviamente era esta a intenção. A não reação pública do governo foi transformada em ação.

Tomando como base - carrregasse razão lógica - o próprio silogismo elaborado: a entidade programa uma manifestação contra o governo e não desejaria ter oposição!!! Ela poderia convocar o movimento paredista e o emparedado teria que ficar parado.

Mas o problema não é esse. É de representatividade. No Estado há 81 mil produtores rurais (pessoas físicas) – 71% dos 114 mil contribuintes do Estado que tem ainda 33 mil empresas – e o grande agro (que carrega o PIB) não aceitou o convite.

Um movimento reivindicatório do agro sem a participação da Federação da Agricultura do Estado, AproSoja e Coapa é fantasia. Mera posição midiática com vista a candidaturas políticas daqui a dois anos. Justamente pelo que contraria e simboliza: o fraco contra os grandes.

E o que faz estas entidades não participarem é o tratamento que recebem do poder público. Impostos reduzidos, não pagam pelas rodovias e tem sido atendidas em praticamente todas as reivindicações do governo.

Exportaram R$ 12 bilhões no ano passado, registraram um Valor Bruto da Produção de R$ 21 bilhões em 2024. E a comida continua cada dia mais cara na mesa do consumidor, como a carne.

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Ponto Cartesiano

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