A oficialização da federação União Brasil/PP (ainda terá que ser registrada no TSE) não é só juntar a grana e aumentar candidaturas como sugere a euforia partidária.
No Estado, entretanto, seguem diferenças internas que a pré-candidata Dorinha Seabra terá que administrar na composição da chapa majoritária.
E, por outro lado, oficializa o distanciamento da chapa UB/PP do grupo governista. São, afinal, apenas três vagas para sete pretendentes.
Se agrupam um fundo partidário de R$ 197,6 milhões (anuais) e eleitoral de R$ 953,8 milhões (no país), somam-se também os problemas.
O primeiro: como a federação é um partido, o número de candidaturas será quase o mesmo destinado a um partido. E não a dois.
Para deputado federal, por exemplo, a UP (UB+PP) poderá mandar às urnas apenas 9 candidatos (100%/8 vagas + 1). Contra 18 candidatos que teriam os dois partidos sem a federação).
Comparação: PL (R$ 886 milhões de fundo eleitoral), Republicanos (R$ R$ 343 milhões), MDB R$ 404 milhões) e PSDB (147 milhões) que estão juntos (mas não federados) poderão ter 36 candidatos pedindo votos para a Câmara dos Deputados.
Numa observação superficial, a Federação objetiva mesmo é o fortalecimento de uma candidatura a presidente desse grupo de direita que caminha para apartar-se da dependência de Jair Bolsonaro.
Na medida em que, como Federação, pode fazer uso de uma brigada sem igual: 109 deputados federais, 15 senadores.186 deputados estaduais, 1.335 prefeitos e 12.398 vereadores.
É ver se agora os dois partidos entregam os quatro ministérios que tem no governo que irão combater.
