O poder público deve cuidar para que as pessoas não formem, numa avaliação apressada, o raciocínio de que a vacinação no Estado vai bem e não tomem o fato como indicativo de que o Covid-19 vá mal. E possam voltar ao velho normal

Há o incentivo a que se divulgue o número de vacinas aplicadas no Tocantins: 746 mil. Ou seja, à primeira vista, cerca de 47% dos moradores do Estado teriam sido vacinados nas contas públicas.

Mas aí vem a segunda informação: apenas 167 mil (10,55%) teria sido efetivamente imunizados (tomado as duas doses) e outros 556 mil (34%) apenas a primeira dose.

 Existiriam ainda 66% da população (um milhão de pessoas) dependendo de mais uma vacina. O Estado tem 1,572 milhões de habitantes.

Comparativamente, no Brasil, ontem, ao invés dos 34% do Tocantins, o país registrava o índice de 42,51% de pessoas com apenas uma dose (relativamente imunizadas).

 Oito pontos percentuais a mais, o que equivale a um desempenho 23,5% superior ao do Tocantins. E 16,22% totalmente imunizadas, contra os 10,5% do Estado (60% superior).

O Tocantins era até ontem o sexto pior desempenho em vacinação do país (primeira dose) e o  quarto pior com totalmente imunizados.

É, em tese, semelhante à confusão dos números da distribuição dos imunizantes. À reclamação de cidades como Palmas acerca da proporcionalidade, a Secretaria de Saúde informa que a população não é o referencial e sim os contaminados e óbitos. Parâmetro coerente.

Só que nas estatísticas da imunização serão sempre percentuais da população. Vacinados ou não.

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