A desfiliação do secretário Elenil da Penha do MDB tem tudo para se transformar em novo debate.
Elenil já declarou apoio a Jorge Frederico (Republicanos) em Araguaína.
O partido do Governador teria, assim, possibilidade de abrigar o ex-deputado que saiu das urnas em 2022 com 11 mil e 732 votos.
Foi prejudicado pela legenda do MDB e viu a conterrânea Valderez Castelo Branco, ser diplomada segunda suplente do Republicanos com 11 mil e 236 votos.
O 1º suplente do Republicanos é Issan Saado com 15.021 votos. Aliás, Elenil teve mais votos do que os 8.271 de Aldair Souza (Gipão) que tomou posse pelo PL.
Mais votos que os 9.865 de Gutierres Torquato (PDT), que os 10.704 de Wiston Gomes (PSD). Todos eleitos.
E qual o busílis: se filiar ao Republicanos estaria, não fosse a legislação, na bica para assumir o mandato no Legislativo.
Dependente, a priori, da convocação de dois deputados para o governo. Valderez já está no Executivo e Issam Saado é o 1º suplente.
Há dois poréns: Elenil não foi diplomado suplente porque o partido (MDB) não fez legenda. E a suplência, julgados tem reforçado que pertencem à legenda e não ao suplente. Justamente porque eleição proporcional é alimentada por votos de legenda.
Ou seja, Elenil primeiramente não seria suplente diplomado. E em segundo, seus votos não migrariam para o Republicanos depois da eleição.
Abririam, entretanto,o mais provável e racional caso escolha Elenil o Republicanos, vaga para Elenil assumir o espaço de Jorge Frederico (24.929 votos em 2022), numa eventual eleição do deputado a prefeito de Araguaína.
Mas como no Estado o Legislativo não tem ligado muito para a Constituição, tudo é possível.
Até mesmo um deputado não diplomado suplente por um partido, assumir a suplência de outro partido para onde se mudou.
De malas e cuias.
