O viés do primeiro dia de nomeações e demissões realizadas pelo prefeito Eduardo Siqueira diz bem da reorganização política que o Chefe do Executivo escolheu fazer após o filtro que lhe foi permitido pela circunstância do afastamento do cargo.
Bem como a intensidade da força que decidiu aplicar nos eventuais trânsfugas, no que sugere ter estabelecido uma régua de medidas para tratar aqueles que pularam de barco num piscar de olhos.
Eloquente a discricionariedade notada na forma de publicação das demissões entre aqueles que seriam exonerados a pedido e outros simplesmente demitidos. Atenuantes e agravantes.
Eduardo também escolheu publicar no Diário Oficial as demissões somente após ter comunicado oficialmente ao interessado a mudança. Diferente do prefeito interino que demitiu pelo DO.
Mas fato é que Eduardo vai exonerar todos os ex-aliados que não esperaram duas semanas de um afastamento precário para dar-lhe as costas.
Alguns não se furtaram de promover reuniões para tratar de impeachment ou impulsionar redes sociais para criar fato consumado de mudança de prefeito.
Negando, sem direito a defesa, os votos que concederam a representação ao prefeito eleito.
As mudanças do Diário Oficial de ontem são apenas o começo.
Indagado ontem por este blog se dentre os demitidos estaria o vereador Carlos Amastha, Eduardo derrapou na tangente:
“Não posso informar demissões sem antes conversar com o secretário que vou exonerar”.
Já Amastha indagou nas redes sociais: “não sei o que fiz para ser demitido”.
Eduardo e os auxiliares que lhe deram apoio no afastamento dizem saber. E muito bem.