As movimentações políticas do senador Eduardo Gomes (em larga medida acompanhado do governador Wanderlei Barbosa) nos últimos dias parecem seguir o fluxo empreendido pela oposição.

E sinaliza, o protagonismo da posição do Senador  nos encontros, que PL e Republicanos decidiram avançar na pré-candidatura de Gomes ao governo.

Gomes foi, em uma semana, a "atração" nos Legislativos estadual e municipal (onde governo tem maioria) e nos municípios por onde passou com Wanderlei a tira-colo ou vice-versa.

A nova aceleração segue-se às pesquisas eleitorais encomendadas (e divulgadas) que pontuam o Senador como o principal e potencial antagonista da senadora Dorinha capaz de derrotá-la e ao seu grupo. E Wanderlei o mais indicado ao Senado.

Definida a cabeça de chapa do grupo governista, o próximo passo residiria no Senado, ainda dependente de decisão de Wanderlei Barbosa que está enroscado no dilema shakespeariano de ser ou não ser.

Wanderlei não só teme, mas resiste em entregar o governo ao vice Laurez, condição inescapável para disputar o Senado onde, hoje, teria eleição quase plebiscitária.

Um mínimo de exercício de política faria Wanderlei buscar Laurez para entenderem-se. Afinal, o ex-prefeito ainda é, institucionalmente, o vice.

Rompimentos e reaproximações fazem parte da ciência política. Como o conflito entre materialismo histórico e o sistema capitalista movem as relações sociais e econômicas no mundo. Longe e perto, perto e longe.

Wanderlei  hoje mesmo está em lua de mel com o prefeito Eduardo Siqueira. E Mauro Carlesse, outro exemplo, já também em pré-campanha, não vê em Wanderlei um "traidor".

Seis meses (abril a outubro) não são suficientes para derrubar um ativo de seis anos. E ainda tem as restrições eleitorais.

Laurez poderia até disputar o cargo de governador, mas Wanderlei se livraria do ônus que poderia enfrentar com a certa crítica da oposição de que tivesse abandonado o governo ao entregá-lo a um adversário para disputar o Senado. E não encerraria sua carreira política com tanta musculatura.

O governador poderia ir aos palanques como candidato ao Senado, livre das amarras da legislação que trava governo, aumentando a cesta de votos de Eduardo Gomes e do outro candidato ao Senado, entre Amélio Cayres e Alexandre Guimarães.

Grana é o que não falta ao PL e Republicanos. E que somada ao fundo eleitoral do  MDB (de Guimarães) eleva-se a R$ 1,7 bilhões, tomando os números pelo disponibilizado aos partidos no ano passado.

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1 Comentário(s)

  • Ruan carlos
    30/04/2025

    Deus me livre desse eduardo gomes e dorinha, eles fazem seus acertos mas o povo os conhece bem, essa politica tocantina esta uma vergonha e o povo de olho , e muita trairagem que se ver,olha ocaso de palmas e hj o prefeito eduardo babando ovo de quem o atacava nas eleições passadas, vergonhoso.

Ponto Cartesiano

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