À medida em que flui o calendário eleitoral, eleva a pressão petista sobre o PV e o PCdoB estaduais. A possibilidade de ambiguidade dos deputados Ivory Lira e Cláudia Lélis pode levar, na pratica, mais problemas que ativos às candidaturas de Wanderlei Barbosa e Paulo Mourão.
O assunto deve integrar a agenda da presidente nacional do PT, Gleysi Hoffman, amanhã na Capital. A dirigente tem reuniões com a direção durante o dia e permanece em Palmas até as 18 horas. Tratarão, também, da agenda de Lula no Estado.
O PV no Estado é dirigido pelo ex-deputado Marcelo Lélis, marido da deputada Cláudia Lélis e o PCdoB pelo deputado Ivory de Lira, líder do governo no Legislativo estadual.
Ambos, Cláudia e Ivory são declaradamente da base de Wanderlei Barbosa (Republicanos), candidato à reeleição ao governo em partido aliado a Jair Bolsonaro.
Nos bastidores políticos é dado como certo um acordo entre os parlamentares e o governador que tem mexido com a militância mais programática que, nacionalmente, não vê conexão entre seus projetos partidários e a ideologia do centrão.
Como PT, PV e PCdoB registraram uma federação, manter o acordo informal por Cláudia e Ivory com Wanderlei (e apenas formal com o PT) significa apertar o gatilho para a perda de recursos partidários, propaganda eleitoral no rádio e TV e do fundo eleitoral pela regra explícita da regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral para a federação de partidos.
Uma arapuca armada a céu aberto já que a direção do PT e a militância do PCdoB e do PV já estão com o assunto na pauta do dia, prontos para provocar a Justiça Eleitoral para cobrar o cumprimento das regras da Federação de Partidos.