O Maurizio de Orvieto aponta as horas canônicas para 6 de outubro.
O clock de 20 dias já sinaliza pontos de chegada.
A direita – conforme o UOL ontem – lideraria em 21 das 26 capitais. Palmas incluída.
Só em quatro, a esquerda teria alguma chance. Palmas excluída.
Para a maioria no país direita seria sinônimo de extrema direita e vice-versa.
Um problema de leitura daqueles que fazem das redes sociais fonte de conhecimento.
Como de igual forma enxergam esquerdismo como similar de comunismo.
Juntando capitalismo e socialismo, seriam tudo a mesma coisa a ser combatida.
No Brasil, com dinheiro público. E não com educação para discernimento.
A manutenção do quadro de analfabetos e analfabetos funcionais não é aleatória, mas sintomática e voluntária. Tem dado certo para a turma.
Em paralelo, a distorção abre valhacouto para os desvios de dinheiro público.
Nas atuais circunstâncias de vazio político e deficiência de sinapse, tudo em favor da direita/extrema direita e em prejuízo (e combate) da esquerda/extrema esquerda. Um seria o céu, o outro, inferno.
Na capital, um espectro demonstrativo indiscutível.
Até ontem, os candidatos da direita/extrema direita em Palmas já tinham recebido de fundo eleitoral (recursos públicos) para a campanha a soma de R$ 10,7 milhões.
Janad (R$ 7,7 milhões) e Eduardo (R$ 3 milhões). Do outro lado, Junior Geo (R$ 1,1 milhão) e Lucia Viana (R$ 115 mil).
A três semanas das eleições, a candidata do PL já tinha gasto R$ 7 milhões, o do Podemos (R$ 2,5 milhões), do PSDB (R$ 1,954 milhões/acima das entradas) e do PSOL (R$ 7,4 mil).
E quem produz essa discrepância: o Congresso Nacional que hoje é o que se vê diariamente. Um grupo de parlamentares com seus próprios interesses e projetos de enriquecimento.
Obviamente que uma lei que autoriza mais recursos da população a uns que a outros na disputa por um mesmo cargo não estaria defendendo igualdade de condições.
Para efeito de raciocínio: se um partido (de direita ou esquerda) fizesse, hipoteticamente, 99% dos deputados federais, teria, consequentemente, 99% do fundo eleitoral.
E, como é notório, especialmente na disputa municipal, tem maior dimensão e consequência as atuações e estruturas municipais que nem sempre coadunam com os interesses dos deputados federais.