A Câmara decidiu que na pandemia terá sessões apenas às terças-feiras. Com isto deságua num só dia o seu repertório. A decisão é contra o Regimento interno que determina uma sessão por dia de terça a quinta-feira. Mas encontra respaldo no covid-19.

Nesta terça é possível que aconteçam desdobramentros da crise artificial provocada pela presidente Janad Valcari e que sugeriria movimentos por impeachment de Cínthia Ribeiro. O relatório com que a prefeitura municiou os vereadores não dá margem ao prosseguimento da peroração vanadiana. Mas a razão hoje em dia é substância rara.

Na verdade, a Câmara está com a mão no bolso enquanto Janad abre a garganta. O Legislativo tem para este ano um orçamento de R$ 32 milhões. Com a queda do duodécimo só disporá de R$ 2,6 milhões mensais. E a Câmara não tem recursos própriois, não gera receita, só despesa.

Para ser ter uma idéia do buraco: no ano passado iniciou o exercício com um orçamento de R$ 36 milhões e fechou 2020 gastando (empenhando/liquidando/pagando) R$ 45 milhões. Isto dá uma média de R$ 3,750 milhões a cada 30 dias. Destes R$ 45 milhões, o equivalente a R$ 30 milhões (66%) foram de salários, verbas indenizatórias, contribuições.

Terá, Janad Valcadi e seus inconfidentes, que arranjar mais R$ 1,084 milhões de receitas por mês (R$  13  milhões no ano) ou cortar este valor ai na carne para pelo menos manter a atual estrutura. Como se nota, não seria situação para sair por ai enxovalhando quem dispõe da chave do cofre.

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Ponto Cartesiano

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