A carga da brigada ligeira de oposição contra a prefeita Cínthia Ribeiro na Câmara pode prorrogar ainda mais o esperado anúncio de apoio do governador a Janad Valcari.
A exposição pública de Cínthia das razões dos PLCs dos empréstimos (não contestadas ou negadas pelos envolvidos) e a irrazoabilidade da reprovação da criação do Selo Turístico de Palmas iluminam a gestação de um “monstro” político.
Um espectro político destinado a favorecer interesses desgarrados das necessidades públicas. Pior: sugestivos de que representações públicas estivessem sob comando de empresários.
E que, gestado desde 2009 no Legislativo estadual, agora explode na Câmara da Capital com desfaçatez inaudita, sob a impunidade presumida da imunidade parlamentar.
Expressando seu apoio, nas atuais circunstâncias, Wanderlei Barbosa poderia passar recibo de aprovação à estratégia eleitoral, dada a conexão direta com a pré-campanha. Os nove votos contrários aos projetos tem origem conhecida e declarada publicamente. As convenções começam daqui a duas semanas.
Corporações tem, sim, direito de apostar em projetos e parlamentares que as defendam e a seus interesses.
Mas não podem, acintosamente, tomar um poder estabelecido constitucionalmente, adquirindo, com o poder financeiro e econômico, poder político do voto universal.
Seria o fim do estado democrático e de direito. E isto não há marketing eleitoral que dê jeito. Até porque, prevalecido o espectro, não haveria necessidade dele.
Como dizia o companheiro Salomão Wenceslau lá em Gogomé: com vereadores como esses, é preciso saber "apalpar a égua". Caso contrário, tem-se apenas coice.
Ou seja: não basta convencer políticos a conceder apoio. É necessário orientá-los como fazê-lo.
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