As dúvidas que parlamentares parecem querer transformar em segurança a Wanderlei Barbosa na chapa majoritária não param de pé. E é por isto que são benéficas ao governador porque delas o afastam.

A praticamente um mês das convenções, um grupo de deputados se mexe para implodir a opção mais em conta a Wanderlei na vaga de Senado. Não desejariam Kátia Abreu (e uma penca de partidos com prefeitos e fundo eleitoral) mas se omitem por indicar outra opção para confrontar com os ativos indiscutíveis da parlamentar.

Os parlamentares que já tem algo próximo de 80% dos contratos de funcionários na administração e um fundo de emendas livres, num raciocínio invertido, observariam indicadores tais como ativos e não passivos em relação ao Palácio. Ou seja, quanto mais concederia Wanderlei aos deputados, mas deles ficaria dependente. Um absurdo ilógico.

A Senadora tem lá seus equívocos e um temperamento certo modo irascível quando contrariada em seus princípios. Mas me aponte aí no Legislativo um deputado que tenha os votos de Kátia, a expertise de uma ex-ministra da Agricultura do governo do PT, mesmo sendo ideologicamente conservadora.

Ou de uma presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil por mais de uma década comandando 27% do PIB brasileiro e mais de 17 mil sindicatos rurais do país e hoje presidente de uma das mais importantes comissões do Senado, a de relações exteriores.

Impostos? Ora, enquanto a Senadora derrubava a CPMF, os deputados por aqui aumentavam despesas de pessoal, endividamento interno e externo e, para cobrir os gastos, elevava impostos e aprovava novas isenções fiscais.

Não é necessário nesta imposição dos parlamentares estaduais sequer apontar fichas corridas. Ou mesmo o desvio ético de obrigar suas aceitações à Senadora à indizível condição de uso do papel intransferível de mãe para fazê-la garantir no pacote a genuflexão do filho, também Senador da República, dando ao cargo republicano de senador o caráter de propriedade de um feudo cujo senhor feudal não seria um senhor, mas uma senhora.

Ou seja, não sabem sequer o que elaboram, não com a resistência, que é democrática, mas com meios, formas e fundamentos. Kátia, perspicaz, certamente não passará recibo. Seja para diminuir o cargo de senador, seja para carimbar na sua biografia o mais que pronome, adjetivo de senhora feudal que deputados, inconsciente mas voluntariamente tentam impingir-lhe nos conceitos.

Um desrespeito não só ao Senado que se disputa.

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Ponto Cartesiano

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