Há mais que indícios, evidências de que tão cedo o país não saia da crise. Enquanto o Congresso aprovava (com o apoio da quase unanimidade da bancada tocantinense) R$ 4,9 bilhões para campanhas eleitorais (mais que o dobro dos R$  2 bilhões da eleição anterior), destinava R$ 1,7 bilhões para reajustes salariais de policiais, autorizava, de forma temporária, auxílio de R$ 400 em substituição ao Bolsa Família, que tinha prazo indeterminado, mandava R$ 16 bilhões para o orçamento secreto e, de quebra, para poder financiar isto tudo, porque dinheiro não nasce em árvore, apropriava-se de  alguns bilhões de saúde e educação.

É a categoria que vai às urnas no próximo ano para buscar a eleição ou reeleição e, convenhamos, tem tudo para conseguí-lo justamente porque aquilo que o cidadão comum considera ilegal e ilegítimo é na mesma medida a moeda que tem para ter, novamente, os votos. E como o conseguem? Ora, ao cortar recursos da educação, por exemplo, favorecem a manutenção da falta de conhecimento de que sem ela não se muda realidades.

Evidente que com um orçamento per capita (2022) estimado em R$ 22 mil anuais (R$ 1,8 mil mensais por cabeça) – OGU de R$ 4,7 trilhões – o país não necessitaria de esmolas ou ficar sem esparadrapos nos hospitais. Um governo federal que vê ao seu lado um PIB de R$ 17 trilhões (US$ 5 trilhões) mas que sustenta 13 milhões de desempregados e outros 17 milhões de famintos carentes de ajuda oficial.

A distorção, como é claro, deriva da falta de compromisso da sociedade política com a sociedade civil. No Tocantins, por exemplo, cujo orçamento para 2022 elevou em quase R$ 400 milhões as despesas com salários, perto dos R$ 500 milhões da correção orçamentária de um ano para outro, o governo interino abre os cofres para reajustes salariais de servidores quando um milhão de pessoas dependem do auxilio emergencial e não tem emprego que dirá plano de saúde ou aposentadoria com salário integral.

Enquanto aprovavam o orçamento de 2022 na  bacia as almas (.....)

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