Regra geral, pré-candidatos e candidatos correm de contrair adversários ou contrariar setores da sociedade.
O deputado Junior Geo (PSDB) – que é pré-candidato a prefeito de Palmas – deve achar tudo isto uma bobagem.
E que teria sido eleito para reafirmar uma moral e ética segundo sua régua particular de que, intui-se, só ele fosse detentor.
Duas derrotas ontem na Assembléia que lhe foram aplicadas pelos seus “pares” não se pode atribuir totalmente aos deputados.
Mas, não restam dúvidas, o passivo da derrota reduz ativos de Geo no correr do calendário eleitoral.
Candidatos em campanha devem andar como elefantes em loja de cristais. Avaliando antecipadamente cada passo a dar e suas consequências eleitorais.
Mas ele sempre poderá dizer que teria feito a sua parte. Se vencesse, seria uma vitória só dele. Derrotado, o prejuizo é socializado. Tem sido quase um método.
Nos bastidores,por sinal, é dado como avesso a assessorias. Basta-se.
E que pode, por lógica, levar seus potenciais aliados a adicionar esse fator na equação de alianças e campanha.
Ignorando a Constituição, Geo quis modificar a sanções da Lei de Improbidade Administrativa, de competência exclusiva da União e do Congresso.
Quis adicionar punições com impedimentos a condenados antes de sentença transitada em julgado ou de sentença de colegiado (Tribunal).
E, não menos, imprudente, mudar o nome do Hospital Geral de Gurupi, Ivo Carlesse (pai do ex-governador Mauro Carlesse) que o mesmo Legislativo havia aprovado com apenas um voto contrário: o do próprio Geo há quatro anos. Isto mesmo: uma lei aprovada há apenas quatro anos.
O deputado Leo Barbosa resumiu bem o tema: daqui a pouco essa Casa pode querer mudar o nome do Conjunto Habitacional Maria Rosa (nome da avó dele e mãe do governador Wanderlei Barbosa) ou os Jardins Aurenys (nome da ex-primeira dama do Estado, Dona Aureny).
Enquanto isto, a BRK derrotou a CPI na Câmara e o morador da cidade vai continuar pagando uma das tarifas mais caras do país.
Sem um pio do deputado pré-candidato a prefeito.