Aliados do governador afastado Mauro Carlesse andam apontando o dedo para os novos termos aditivos assinados pelo governo interino Wanderlei Barbosa, renovando contratos de UTIs sem licitação. Populismo barato, claro, que até mesmo nega os princípios que dizia acreditar o governo afastado.

Contratação de UTIs é uma necessidade diante da falta de leitos na rede pública de saúde. E o preço (além dos de mercado) tem limites no SUS. Não haveria outra escolha a não ser que se busque deliberadamente óbitos como o faz Jair Bolsonaro na pandemia.

A argamassa da crítica a Wanderlei, assim, reside na política. Explico: aliados do governador interino tem amplificado a existência de contratos milionários (inclusive na Saúde, uma das acusações na Justiça a Mauro Carlesse) necessitados de auditoria. De outro modo: Wanderlei não daria continuidade aos que considerasse irregulares.

Deste modo, paradoxalmente às críticas dos aliados de Mauro Carlesse, os termos aditivos aos contratos com o Monte Sinai (R$ 10 ,7 milhões) e Palmas Medical (outros R$ 10,2 milhões) feitos já no governo interino certificariam, por pura lógica, o preço pago pelo governo afastado. Contraditoriamente à orientação da crítica dos aliados de Mauro Carlesse ao governo de Wanderlei.

Conclusão aparente das premissas: tanto Mauro Carlesse estaria certo lá atrás quanto Wanderlei Barbosa agora. Apesar dos princípios racionais, tanto os aliados de um como de outro, dizem estarem mais certos que um ou outro, quando na verdade estariam dizendo a mesmissima coisa de um e outro.

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Ponto Cartesiano

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