A alteração produzida pela prefeita Cínthia Ribeiro no seu Secretariado na quarta, observada em perspectiva seria mero rearranjo do bem nas peças da administração posto metade dos titulares não terem sido sequer removidos de suas Secretarias. Como é o caso de Rogério Ramos e Thiago Marconi. Ramos manteve cumulativamente a Finanças e Thiago a Planejamento.

Indo além das aparências representativas haveria conflito de  expectativa de resultados no novo formato empreendido. Uma positiva e outra negativa. 

Tanto o bom senso quanto o senso comum ou a razão indicariam que a Secretaria de Saúde exigiria mais que um secretário pela metade. Mais ainda tomando meio Planejamento de que carece, também, as ações de enfrentamento à crise de saúde.

É indiscutivelmente a Secretaria de Saúde a pasta mais relevante nas atuais circunstâncias em que se registram na cidade 35 mil e 696 contaminados e 364 óbitos até ontem. E pacientes perambulam correndo da morte com UPAs, não raro, apresentando insuficiência de oxigênio e  leitos. Necessidade de esforço redobrado e não dividido.

E aí entra Rogério Ramos deslocado para a Secretaria de Governo e Relações institucionais, mas com um pé na Secretaria de Finanças que cuidou com competência nos últimos três anos. Se os vereadores pressionam por cargos e verbas ou participação na administração, não haveria outro mais apropriado para fazer o papel de correia de transmissão.

Servidor público concursado, sem qualquer senão no currículo,  presidente do CDE do Sebrae Tocantins, Rogério é político ativo no seu partido e coordenou a campanha de Cínthia pela reeleição. É nome em ascensão no meio político,

O ex da Governo, Carlos Braga, foi deslocado para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais que, aparentemente, não se confundiria com a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Humano. 

Rogério fará política que é a natureza do seu novo cargo e do qual ressentia-se Cínthia dado o malogro do resultado do trabalho feito até aqui por Carlos Braga, um político competente, ex-presidente do Legislativo estadual e também do municipal. Não se sabe se a sua soma tivesse nele a gênese ou se na própria prefeita que parece imaginar-se auto-referente.

Rogério terá que azeitar um canal de comunicação entre prefeita e vereadores. Não é irrazoável perceber que um dos seus primeiros gargalos será convencer os parlamentares justamente do acerto da medida de Cínthia de entregar a Secretaria de Saúde, ainda que interinamente, sob administração do Secretário de Planejamento quando as circunstâncias exigiriam um secretário definitivo e de forma integral.

 

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