A reação dos aliados do governador Wanderlei Barbosa (e do próprio) ontem aparentaram uma catarse coletiva.
A decisão de Nunes Marques (ainda liminar) uniu o grupo de Dorinha/Eduardo Gomes ao grupo palaciano dando a impressão de terem agrupado palanques.
Dorinha e Gomes tiveram suas fotos (junto com Carlos Gaguim) num restaurante da cidade divulgadas anunciando uma comemoração ao retorno do Governador.
Uma foto que disputava conflito com os fatos antecedentes. Em 90 dias não se viu qualquer defesa do grupo ao Governador afastado.
Conservaram um obsequioso e revelador silêncio.
Em política, levando-se em conta o pragmatismo, o grupo tinha no inquérito do STJ e no STF artilharia suficiente para retirar do governador o comando de sua própria sucessão onde despontava com uma popularidade indiscutível.
Um olho no padre e outro na missa.
Como a decisão só foi publicada no almoço, é provável que ali não estivessem para tal. Ou pior: saberiam com antecedência a decisão.
Não é desconhecido do público que, antes do afastamento, haveriam dois grupos: Dorinha/Eduardo e Wanderlei/Amélio (lembram-se do áudio vazado da Senadora?).
No meio da celebração popular ontem (já à noite), Wanderlei introduziu uma cunha: agradeceu especialmente a amizade de Amélio Cayres.
O deputado, presidente do Legislativo, poderia ter feito tramitar um dos seis pedidos de impeachment. Exerceu sua competência constitucional. E era seu candidato ao governo.
Já Dorinha Seabra, que em agosto (naquele áudio vazado) chamou Wanderlei de mentiroso, ontem fez circular nota em defesa da instabilidade política sem citar em nenhum momento o nome do governador.
Carlos Gaguim foi mais audacioso: foi ele próprio à celebração dos aliados de Wanderlei ontem à noite. E,como sempre, apareceu atrás do governador.
Não é indicativo, por enquanto, de um de um chapão Eduardo/Dorinha/Palácio.















