Já vai para dez dias de governo e a administração se ocupa, ainda, em gerenciar desgastes resultantes da falta de planejamento. Demitiu e foi obrigado a recontratar.

Não há evidência de que o Palácio Araguaia tenha um projeto para apresentar ao Estado. Não há um Paulo Guedes a propor reformas a demonstrar idéias para mudar a situação.

O Igeprev precisa ser reformado, o sistema de saúde pública, reformulado e a economia carece de políticas públicas de atração de investimentos.

Tem dois modais (rodovia e ferrovia) até os portos (do Sul e do Norte), logística privilegiada, terras com irrigação por gravidade. Coração do Matopiba. E energia elétrica (motor das indústrias) não representa problema.

Não basta os auditores elevarem receitas à unha nem isenções fiscais concedidas por compadrio sem estudos de impacto econômico-financeiro nem reciprocidade.

Mauro Carlesse não tem um sonhador do lado, um pensador que projete e carregue o piano. Tem apenas assessores em cargos que exigiriam empreendedorismo, conhecimento macro e pensamento grande.

A situação facilita os embargos auriculares dos apreciadores de orelhas de livros que assumem o protagonismo ditando os rumos do Estado e de uma população de 1,5 milhão de habitantes.

Pode-se argumentar que aguarda o retorno do Legislativo para encaminhar propostas. Mas aí enfrentaria sua decisão de anunciar, no primeiro dia do ano, uma reforma administrativa até agora não oficializada.

Prende-se o governo, como é notório, na tentativa de administrar informações públicas com a sua centralização no Palácio, no que sugeriria preferência da propaganda à publicidade obrigatória e administração da coisa pública.

E ai o X da questão: o governo ainda estaria plasmado na propaganda. Ou: a divulgação tendo preferência ao produto. Não debelada essa vocação perceptível, o governo pode se transformar num pastel de vento. É só questão de tempo.

 

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Ponto Cartesiano

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