Um debate apartidário e que deveriam a sociedade política e civil encampar: o governador Mauro Carlesse anunciou, ali, quase encaixado, no seu discurso que vai procurar a prefeita Cinthia Ribeiro para tratarem da construção de um Hospital de Urgências na Capital.

Um assunto em que imprensa e secretários ali presentes (na posse de novos auxiliares) ligou a mínima. Como se Carlesse tivesse dito que iria ali na lanchonete da esquina comprar um Chicabon. Ou convidado um secretário para uma pescaria no Araguaia ou um passeio no Jalapão.

Mauro Carlesse defendeu uma parceria entre governo e prefeitura. O hospital municipal é uma urgência urgentíssima. É provável que apareçam os contrários e incrédulos.

A incredulidade política, pela lógica, favorece aqueles que fazem do hospital de urgências argamassa de campanhas partidárias. Ou seja, a sua construção (e o fim da demanda) representaria a negação (e a extinção) de um discurso eleitoral.

Como de resto sempre foi o problema, que, ao invés de ter sua viabilidade subordinada apenas a recursos financeiros, não foi implantado até hoje por falta de vontade política.

Pelo menos dois senadores e mais da metade dos deputados federais (com acesso a recursos do Orçamento Geral da União) são majoritários na Capital.

Os estaduais e os vereadores fizeram bulhufas quando Raul Filho (então prefeito da cidade) entregou o Hospital e Maternidade (que funcionava como o Hospital Municipal) para o governo fazer uso no HGP. Como se tivesse descartando um tramboulho inservível.

De lá pra cá as urgências (cerca de 90% do atendimento do HGP) foram despejadas no Hospital Geral, construído para especialidades e que acabou se transformando em um hospital de acidentados.

O resultado é óbvio: a superlotação que redunda na qualidade do atendimento.

 

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