O governador Mauro Carlesse optou pelo PSL. Deve ter feito contas. Teve vaga oferecida no PTB, achou melhor ter mais um partido na base. Raciocínio cartesiano após a intentona do Democratas.

Racional se considerarmos que comandar o PTB regional fosse mais oneroso que o PSL. E o Governador, com os resultados que tem obtido na administração, quer mesmo é um partido para chamar de seu e em torno dele fazer gravitar partidos aliados. E não o contrário.

O partido pode, entretanto, na Câmara,´perder musculatura na janela partidária prevista pela legislação eleitoral para março de 2022 (seis meses antes das eleições). Embora no Estado o governador possa atrair parlamentares e líderes à legenda. Um partido tão próximo quando distante de Jair Bolsonaro.

Se hoje tem 52 deputados federais (o que lhe dá um fundo eleitoral fabuloso) – só atrás dos 53 deputados do PT – pode minguar já que muitos parlamentares não deixaram o partido para seguir Jair Bolsonaro (ainda sem partido) pelo risco de perder o mandato. A janela os alivia.

No Congresso teve perdas relevantes: o senador Major Olimpo (vítima do covid) e a senadora Juiza Selma que perdeu o mandato por decisão do Senado.

Só para se ter uma idéia da relevância da bancada federal: nas eleições do ano passado a candidata a prefeita de Palmas, Vanda Monteiro (que comando o PSL) recebeu do partido a bagatela de R$ 4,020 milhões. O equivalente a 99% de todos os gastos que teve. O maior gasto de campanha na Capital.

Isto implicará em outro risco ao PSL: as eleições proporcionais não terão coligações e os votos do próprio partido é que formarão o cociente eleitoral (votos necessários para se eleger). Possibilidade real de fazer menos deputados estaduais (no Estado só tem uma parlamentar).

Mauro Carlesse, tudo indica, disputará eleição majoritária (Senado) que permite as coligações partidárias. Ou seja, não estaria protegido dos prejuízos eleitorais de um partido com musculatura reduzida. Ainda que pudesse dispor dos votos dos partidos da coligação.

Até lá, terá que esperar que os deputados do PSL (eleitos no foguete de Jair Bolsonaro) não debandem para o novo partido do presidente. Ou que Jair decida-se por retornar à legenda.

 

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Ponto Cartesiano

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