O governo dá curso à sua guerra do enquadramento. Ainda que mire, a priori, na verdade, condições para fazer dois empréstimos e aumentar a dívida do Estado em mais R$ 739 milhões, uma coisa não invalida da outra. Desde que o Palácio dê continuidade â ação saneadora que a crise financeira e no serviço público estão a exigir providências há muito.

Os empréstimos, como é notório, tem seu lado negativo: diminuem a capacidade de endividamento calculada sobre a dívida consolidada bruta/receita corrente líquida. E com isto, favorece a redução da nota do Estado na STN.

Há otimismo da Administração sobre os efeitos das Medidas Provisórias que alteraram a estrutura do governo e suspenderam por 30 meses eventuais progressões e promoções no serviço público. Mas pode ser que elas não sejam suficientes para uma avaliação positiva da Secretaria do Tesouro Nacional que possibilite o objeto buscado pelo Palácio.

Os números da execução orçamentária de 2018 publicados na semana passada não dão muita esperança para isto.  O governo está sem poupança corrente, um indicador relevante nas notas do Tesouro Nacional. O índice despesas correntes/receitas correntes está acima de 95%, o que coloca o Estado ainda na letra C.

Se tem situação regular no endividamento e no índice de liquidez, ainda que próximo do mínimo, não tem poupança. A constatação é nítida. O governo fechou o ano com restos a pagar (dívidas de fornecedores que rolou) de R$ 305 milhões. Significa que não poupou sequer o necessário para pagar o serviço da dívida (encargos/juros/amortização) que somaram R$ 474 milhões no ano passado.

 

Leia mais :http://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/opiniao/tend%C3%AAncias-e-ideias-1.1694943/batalha-sem-esquadro-1.1723718

Deixe seu comentário:

Ponto Cartesiano

O Executivo tem até o dia 30 de maio para publicar o relatório de gestão fiscal do 1º quadrimestre de 2024. Os números da execução or...

A Superintendência de Educação Básica da Secretaria de Educação tentou fazer um arranjo com o feriadão decretado pelo presidente da...

Caiu como uma bomba no governo estudo realizado pela Firjan (divulgado pelo Metropoles no domingo) de que apenas quatro dos 27 Estados fechariam 2024 no azul. Ou seja, sem d&e...