O extrato da miscelânea de culturas no Estado tem diminuído a estatura moral do nortense. E que se note: não é imoralidade circunscrita apenas acima ou abaixo do Paralelo 13.
Aliás, pouca gente se dá a saber o que é paralelo e meridiano, oriente e ocidente, setentrional e meridional, religião e fé, igreja e negócio. Ignorar os conceitos de moral e ética faz parte do pacote.
Se o Norte era pobre e um estorvo na perversa geo-política até o século XX, mantinha, no entanto, princípios éticos e morais não mutáveis nem pela miséria absoluta. Aquilo que nossos pais pregavam: mais vale a honra e moral que dinheiro.
Pois bem: ganha nestes dias status de astro nas redes sociais um padre (da religião católica) que fez pregão (leilão) de sua cueca.
Nada muito de novo. Na metade dos anos 90, um dito padre mantinha relacionamentos com fiéis casadas de sua paróquia (e de outras da diocese) e pôs fim a muitos casamentos religiosos.
Muito embora, "o que Deus uniu no matrimônio, o homem não separa".
No dogmatismo religioso, o castigo que Deus impôs a Adão e Eva por comerem a maçã, foi a vergonha.
No casos dos dias atuais, o padre "strip-tease" teria até, como uma moçoila que mostra sua fio-dental, exibido parte da peça íntima.
Mostrado aquela pontinha para que a platéia imaginasse o resto. Sedução pura do homem sagrado de Deus à carne profana. E ainda mais pelo vil metal.
Uma indiscutível prostituição clerical quando o Vaticano discute a beatificação de Padre Luso Matos visto como um santo pela população católica de Porto Nacional e por seu imponente (culturalmente) bispo Don Alano Marie Du Noday.
O padre strip não diferenciou-se das profissionais do OnlyFans ou da Peixaria, um cabaré do início dos anos 90 na Capital, que funcionava numa chácara de um deputado às margens da TO-050.
Hoje área de condomínios luxuosos já dentro da área urbana tendo como pano fundo a serra onde se está construindo, paradoxalmene, um monumento do Cristo Redentor..
Ali, na beira de um corguinho (com uma pinguela atravessada para chegar-se ao prostíbulo de palha ladeira acima), mostrava-se a grana para as “mulheres da difícil vida fácil” do outro lado daquele Rubicão.
Riacho onde lavavam suas vergonhas e dependuravam suas calcinhas em galhos de árvores em formado de X fincadas na terra preta da vazante. Anos depois, subtraída criminosamente para formar os canteiros da cidade.
Dependendo da oferta, tinha-se direito apenas a ver uma nesga por baixo da calcinha.
Como na cueca do padre.
E o povão acelera e compartilha a imbecilidade do Rendez-Vous.
Se transcende de padres a pastores, a vida será um cabaré!!! Os políticos fazem o mesmo, só que não são exibicionistas.
Há aí outra moral: as mulheres de difícil vida fácil da Peixaria eram mais honestas.













