Num país civilizado, o comandante geral da PM e do Corpo de Bombeiros do Estado deveriam ser demitidos do cargo e submetidos ao Ministério Público estadual e à Justiça Militar.
Não serão porque não fariam o que fizeram sem a anuência de seus superiores. Ou a garantia de que o MPE não os importunaria.
Já vai para 24 horas da publicação de um vídeo do comandante geral da PM e da candidata Janad Valcari numa reunião com oficiais militares em que o comandante firma parceria com a candidata e nada veio a público desconstituir as imagens e áudios. Uma imoralidade e indecência para dizer o menos.
Mas "tá top" para Janad e os comandantes da caserna militar a sabujice eleitoral tão imoral quanto sugestiva de delinquência.
A parceria firmada em vídeo dos comandantes das forças policiais com um senador do PL e uma candidata a prefeito também do Partido Liberal é daquelas situações que deveriam envergonhar os servidores públicos, os policiais, políticos e a população.
Até no malogro conveniente de estarem sem farda (mas reunidos com todos os presidentes de associações de militares) como se fosse essa a diferença entre o monopólio da força (bancado por todos os contribuintes) e suas obrigações com todos. E que se note: não são expressões individuais,como fica claro na postagem, mas coletivas.
E ainda garantirem ao senador que “a parceria vai continuar e com a nossa prefeita vai ficar melhor ainda”, como palanqueou o Comandante da PM. Deixando de lado a parceria (paga por todos) com os cidadãos de qualquer partido ou ideologia.
Não é nova a adesão dos militares ao bolsonarismo da pior espécie (a omissão nos atos golpistas no Estado está no STF). Uma escolha paradoxal e contraditória.
Assim como é velho no Estado o consentimento absurdo de PMs armados e pagos com recursos públicos de entrarem em campanha eleitoral.
Esculhambação que envergonha a maioria dos PMs. Como agora faz prova a amplificação do vídeo indecente nas redes sociais, indicando que algum dos participante não concordava com a fraude militar de colocar as armas nas urnas. E denunciava o desvio ético e profissional de seus comandantes;