O governo Michel Temer faz cada uma. Os bancos privados já estão, com boa dose de razão, chiando pela cobrança de taxas, por parte da Caixa, para que também eles possam fazer empréstimos consignados com garantia do FGTS. O governo lançou a modalidade esta semana e o FGTS é centralizado na própria Caixa.

O dinheiro do FGTS, como é lógico, não é da Caixa. E sim do trabalhador. Ele, evidentemente, escolhe o banco e as taxas que achar melhor. A Caixa, entretanto, estaria cobrando para que os outros bancos acessassem o sistema da nova linha de crédito. O que aumenta por pura lógica matemático-financeira os custos da operação.

É uma questão de menor importância porque possível de ser solucionada. Numa negociação administrativa, política ou com a interveniência da justiça dada a absoluta discricionariedade.

Menor que o buraco que o governo federal aprofunda na poupança do trabalhador. Tudo na tentativa de aquecer circunstancialmente o consumo retraído pela recessão econômica em curso.

De outro modo: incentiva o trabalhador a endividar-se comprometendo sua poupança compulsória, fundamental na aquisição de casa própria e na demissão que já atinge 12 milhões de brasileiros. Ao invés de cortar gastos e aumentar investimentos.

E que se note: a Caixa já apresentou um lucro de R$ 3,464 bilhões no segundo trimestre em 2018, alta de 33,9% em relação a igual período do ano passado (R$ 2,587 bilhões). O FGTS, só na liberação das contas inativas no governo Temer, foi desidratado até aqui em algo por volta de R$ 50 bilhões.

O Fundo teve um lucro de R$ 12,4 bilhões em 2017 e distribuiu este ano R$ 6,23 bilhões em lucro a 90,7 milhões de trabalhadores. Ou seja: queimando poupança no consumo.

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