O ex-governador Siqueira Campos completa 93 anos neste domingo. Para celebrar a data e rememorar sua densa história, uma live está programada para as 10 horas de amanhã no you-tube (@Governador Siqueira Campos).

Durante muitos anos Siqueira celebrou a data no santuário de Nosso Senhor do Bonfim. Depois de caminhar de Palmas ao Santuário por uma década, percebi a magnitude dessa fé que Siqueira cultivou vida inteira.

Siqueira é um abençoado. O Estado sem seus braços após a criação (como de vez em quando ainda suspiram seus adversários) é uma incógnita abstracionista suplantada pelos fatos e feitos.

A sete anos de um século de vida, o ex-governador mantém-se lúcido e saudável, morando na cidade que criou, suspirando pelo Estado que implantou, respirando política e professando idênticos princípios conservadores que cultivou (sem tergiversações) não só na vida pública, mas privada. Um jequitibá, como denominavam os goianos ao ex-governador e médico Pedro Ludovico que sucumbiu à idade aos 87 anos.

Ludovico e Siqueira se encontram não só na história goiana/tocantinense, mas no pensamento conservador, ainda que o goiano tenha passado para a história como revolucionário, muito embora a revolução de 30, da qual foi um dos líderes, tenha culminado com um golpe de Estado.

Siqueira plantou na Praça dos Girassóis um  monumento a outra revolução, a primeira revolução tenentista da república velha de 22 (o monumento dos 18 do Forte de Copacabana). Os tenentes brigavam pelo mesmo que eclodiria oito anos depois com a participação de Ludovico.

Siqueira, com efeito, entra nos 93 anos não como símbolo do Estado, mas encarnando o próprio Tocantins e sua capital, cuja figura foi naturalmente incorporada ao ex-governador e não o ex-governador a ela, fundindo criador e criatura num mesmo plasma.

O correr dos anos tem iluminado, por certo, o seu papel fundamental na história da luta pela criação a partir da segunda metade do século passado. Menos lâmpada que lamparina, brilho mais cinético que estático.

Pode-se opor-se a Siqueira ideologicamente e isto é da democracia. Ou à vontade política (legítima, diga-se) de assumir na história do Estado o papel de seu protagonista uno, reduzindo anos de luta (e de lutadores) aos 30 anos da Constituinte quando de fato teve um desempenho imensurável e liderou a emancipação no Congresso Nacional.

Mas em absoluto a história concede negar sua relevância, energia, esforço e determinação para implantar no braço um Estado e uma cidade no meio do cerrado do setentrião goiano. E ainda assim vivendo uma vida franciscana.

Vida longa a Siqueira Campos.

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