O governador Wanderlei Barbosa fez duas mexidas relevantes no secretariado ontem.
A escolha do suplente de deputado federal Osires Damaso (41 mil votos nas eleições de 2022) para Secretário da Governadoria representa ganho inestimável ao governo.
Ex-presidente da Assembléia e de livre trânsito nas esferas políticas e administrativas (no Estado e em Brasília), Osires dá peso e dimensão ao cargo.
E de quebra, Wanderlei elimina um potencial problema no quarto maior colégio eleitoral do Estado: Paraíso. Uma aliança de Osires com o prefeito Celso Morais era tida como certa na cidade. Sem chance para adversários.
Ademais, o PSC, de Osires, havia sido incorporado ao Podemos,que é comandado no Estado pelo grupo de Ronaldo Dimas que disputou o governo contra Wanderlei.
Wanderlei, assim, retirou ativos em dobro do adversário: enfraqueceu o Podemos/PSC e ainda quebrou a espinha dorsal da candidatura à reeleição de Celso Morais, que subiu no palanque de Ronaldo Dimas no ano passado.
Outra alteração não menos relevante é o retorno do deputado Moisemar Marinho ao Legislativo. O agora ex-secretário vinha sendo criticado junto aos seus eleitores (policiais civis) porque teria entregue o mandado a outro policial, vereador Junior Brasão, só que da Polícia Militar.
Juntas, PM e PC contabilizam algo próximo de dez mil eleitores que, multiplicado por quatro (como nas estatísticas do IBGE), representariam 40 mil eleitores. Uma votação de deputado federal. Ou quatro deputados estaduais.
É uma turma que, se quiser, faz bagunça. E não anda muito de boa com o governo. Basta ver os delegados que entregam R$ 9 mil mensais no subteto, os oficiais da PM R$ 11 mil.
E que trazem outra questão: na PM coronéis,por exemplo, ganhando o mesmo que um tenente coronel, porque o teto é o mesmo.