Indiferente à carência estadual de R$ 230 milhões para investimentos (empréstimo autorizado pelos deputados no Banco do Brasil), o governo federal deposita na próxima segunda-feira, dia 10, na conta do tesouro estadual a importância de R$ 217 milhões e 560 mil. Vem a ser a primeira parcela do FPE de janeiro de 2022. É R$ 39 milhões (21,9%) superior aos R$ 178 milhões da primeira parcela de 2021.

Aliás, em 2021, o Estado recebeu de FPE (dados da STN) o montante de R$ 4,183 bilhões. Isto equivale a 30% a mais do que o previsto na lei orçamentária (R$ 3,2 bilhões). Passaram nas contas do governo do Estado só no Banco do Brasil (depósitos da União) de janeiro a dezembro o montante de R$ 6,458 bilhões. Destes, R$ 5,319 bilhões de transferências constitucionais. Mas tem os depósitos de convênios na Caixa.

Por outro lado, o governo fechou o ano de 2021 com uma arrecadação tributária de R$ 4,736 bilhões (números da Secretaria da Fazenda). Um crescimento nominal de 26,95%. Significa que o Estado (Executivo) teve em 2021 uma média mensal de receitas de R$ 932 milhões. Ou: R$ 11,1 bilhões no ano. Só na arrecadação e transferências.

Comparando esses R$ 11,194 bilhões de 2021 com os R$ 9,786 bilhões realizados em 2020, tem-se um crescimento de receitas (só aí) de R$ 1,408 bilhões. Ou: 14% a mais.

Paralelo a esse aumento de receitas, a população do Estado (um dos indicadores da demanda de serviço público) registrou aumento entre 2020 e 2021 da ordem de 1% conforme o IBGE. Passou de 1.590.248 habitantes (2020) para os atuais 1.607.363 moradores.

E o poder público querendo aumentar o endividamento em mais R$ 230  milhões. Com inflação, Selic, juros e tudo o mais que se registra.

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