Os auditores fiscais da receita estadual estão sendo convocados pelo sindicato da categoria (Sindare) para assembleia geral na próxima quinta para deliberar sobre o teto e outras reivindicações dos filiados. No sábado, os sindicalizados no Sindifiscal (que também reúne auditores fiscais) já tem a sua assembleia marcada com igual sinalização.

Essa aí é a parte pratica da reação dos servidores públicos contra a discricionariedade do governo nos reajustes salariais e correção da data-base. E que ganhou mais fôlego com o anúncio de correção do Redaf (na Fazenda) em 11% depois de negociações que começaram por 25%, desceram para 21% e agora 11%.

Do outro lado, procuradores do Estado (que já tem sucumbência e indenizações) foram aquinhoados com 25% a mais nas gratificações de função de confiança.

Se delegados, procuradores e outras categorias que foram escolhidos para os reajustes (além da correção) não entregam grana ao tesouro, esse grupo aí de cima é o responsável direto pelos recursos que bancam a festa.

É o segmento do governo que colocou nos cofres estaduais no ano passado R$ 5,27 bilhões em impostos. Uma variação nominal de 21,31% e  real de 11,78%. Um montante que significa 67,5% dos recursos ordinários do tesouro (aqueles livres) que encerrou 2021 na faixa dos R$ 7,8 bilhões (contra uma previsão de R$ 6,06 bilhões).

Destes, só de ICMS foram R$ 4,005 bilhões (a meta era de R$ 3,099 bilhões). Ou seja, R$ 906 milhões a mais que a meta. Um superávit nominal de 25,13% e real de 15,44%. O resgate da dívida ativa foi ainda mais representativo: o governo estimava receber R$ 81 milhões da dívida, fechou 2021 arrecadando R$179 milhões. Ou: 218% da meta.

É essa turma aí que começa a queimar nos corredores administrativos a começar pela Secretaria da Fazenda.

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