O deputado Junior Geo filiou-se ao PSDB desde sexta-feira à noite como apontou este blog.
A prefeita Cínthia Ribeiro (presidente regional do PSDB) teria confirmado ontem à noite em Paranã (onde foi para a filiação do ex-secretário Fabrício Viana, filho do ex-deputado Zé Viana) a entrada de Geo no partido.
Na verdade, desde sábado, a filiação já era possível de confirmar no portal do Tribunal Superior Eleitoral. Ou seja, o segredo oficial que se fazia desde sexta, era inócuo.
Cinthia, no entanto, teria salientado que Junior Geo terá que se viabilizar para ter o apoio dos tucanos. E que um apoio a Carlos Amastha ou Eduardo Siqueira só poderia ser possível num caso de segundo turno.
Obviamente uma eventual candidatura de Junior Geo já entra queimando na largada. A pisada na bola do PSDB de não capitalizar politicamente a filiação da segunda maior votação para prefeito em 2020 (só perdeu para a própria Cínthia)
A estratégia tucana contrasta com a razão político-eleitoral, onde os adversários fazem festa até para filiação de suplentes. O partido perdeu o “time”. E, curiosamente, prejudica a própria “viabilização” da candidatura como contrapartida do apoio.
Não haveria, com pouca margem de erro, melhor nome do PSDB para canalizar o apoio dos mais de 10 mil servidores municipais do que Geo, um professor de profissão.
Na Educação, um eventual apoio de Cínthia a Carlos Amastha, por exemplo, teria resultado contrário: vazão de votos dos servidores. Um setor em que a prefeita Cínthia concentra seus maiores ativos: servidores municipais que tiveram um tratamento diferente das administrações anteriores. Voto na veia. E isto,por lógica, atrairia o PT que controla o Sindicato dos Professores e Servidores da Educação.
Mas o PSDB, para não perder a natureza do PSDB, preferiu ficar no chove não molha, naquela de "só a cabecinha" do PSDB nacional quanto à filiação, que dirá pela candidatura.
A situação, pela lógica, pode ter resultados diversos. Junior Geo pode desencadear um apoio dos servidores municipais (é leve de carregar), divide os votos do governo de Janad e aí poderá arguir que a candidatura tucana teria sido viabilizada apesar da direção tucana.
Ou o partido, como na declaração inicial, fazer valer sua premonição de necessidade de viabilização de candidatura que, também por pura lógica, impõe dificuldade maior não só ao candidato, mas ao próprio partido que, não viabilizada, levará o PSDB para o colo de antigos adversários que podem se transformar novamente em melhores amigos.
Situação que as redes sociais dos adversários de Cínthia aguardam para chacoalhar.
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