A seis meses das eleições, vereadores trocaram de partido na Câmara Municipal. Um direito legítimo. O PL, que não elegeu um vereador sequer em 2020, foi o que recebeu mais trânsfugas.

As explicações são as mais infantís possíveis. Um deles esboçou que saiu da base da prefeita Cínthia Ribeiro (depois de três anos ali) porque não fora convidado a ficar.

Tomando por suas palavras, já era considerado excluído. Não por ele próprio mas por aquele que não o convidara porque, obviamente, não incluído estava.

A celebração da saída de onde não entrara, entretanto, foi transformada em prêmio de uma disputa eleitoral que se travava.

Na lógica ilógica, o passivo teria se transformado em ativo. Ressalte-se que nas xepas ainda se encontra produto consumível ainda que pelas condições tivesse outro destino.

De modo geral, os vereadores que deixaram a base de Cínthia tinham, cada um a seu modo, diferenças mais pessoais que institucionais com a prefeita.

A exiguidade restante do poder de Cínthia na caneta e a estrutura financeira da pré-campanha de Janad Valcari (e do PL) operaram o que faltava.

Terão, entretanto, vida árdua pela frente. O PL (chapa de vereadores) saiu das urnas em 2020 (última eleição) com parcos 2,7% dos votos. Eleição proporcional não autoriza coligações.

De 2020 a 2024, o eleitorado da Capital cresceu 3%: 204 mil aptos. Os 3.524 votos do PL para vereador, assim, somariam, hoje, nesta proporção, 3.629 votos. Pode alterar pelas filiações.

Se nas eleições de 2020 o quociente eleitoral foi de 7.200 votos (para um partido eleger um parlamentar), este ano com mais vagas (23) pode ser na faixa dos 6.200. Em 2020, os votos válidos representaram 69% do eleitoral apto (uma quebra de 31%).

Há, entretanto, a influência da candidatura a prefeito. Em 2020, o PSDB (que tinha Cínthia candidata) teve, na chapa de vereadores, 9,91% dos votos.  

São números que encorajariam previsões de que a corrida de pré-candidatos a vereador para a chapa do PL, com Janad Valcari, possa levar mais dificuldades do que facilidades dado o aumento de concorrentes dentro do partido.

Serão, na verdade, a grande maioria, operários de Janad Valcari. Se a remuneração compensar, estando bom tanto para um como para o outro, tudo certo.

Evidente que mais candidatos, mais votos do partido. Mas a inês agora jaz morta. Não há prazo mais para se movimentar que não atrás dos votos.

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