Pode parecer muito trabalhoso separar de forma correta o material reciclável do que realmente é lixo no dia a dia. Mas papel, papelão, embalagens plásticas, latas, panelas velhas, livros e revistas desatualizados e sem serventia são o sustento de muitas famílias palmenses que garantem uma renda como catadores de materiais recicláveis. Maria Edileuza Mendes, 55 anos, trabalha com material reciclável desde 2002 e explica que em um dia de sorte, quando consegue uma quantidade grande de produtos, recebe até R$ 15, mas no geral, faz R$ 8 ou R$ 10 com um carrinho de recicláveis.
A Prefeitura de Palmas, por meio da Fundação Municipal de Meio Ambiente, destaca que os catadores de material reciclável prestam um serviço público ambiental importante, pois muitos produtos que iriam para o aterro sanitário ou despejos irregulares são separados por eles e destinados à indústria de reciclagem. E cada palmense pode participar dessa cadeia de geração de emprego e renda fazendo a separação dos produtos que serão descartados.
O material reciclável pode ser levado para um dos 12 ecopontos instalados pela Prefeitura de Palmas (confira os locais abaixo), para a sede de uma das organizações de catadores de materiais recicláveis ou combinar com o catador, que passa na sua quadra, o dia que deixará o material para que ele possa pegar. A Fundação Municipal de Meio Ambiente ressalta que os catadores foram muito afetados pela pandemia, pois a maioria deles é idosa e integra o grupo de risco e o trabalho da coleta seletiva ficou parado por alguns meses, por isso, estão precisando de material reciclável.
Dia a dia de um catador
“Não é um trabalho fácil e sofremos muito com o preconceito, somos chamados de catadores de lixo, as pessoas não são capazes de nos cumprimentar. Eu sou catadora de material reciclável e tenho muito orgulho disso, porque o meu trabalho garante que muito material que viraria lixo seja reciclado, saindo das ruas, bueiros, dos rios e do aterro sanitário”, conta Edileuza, destacando que o catador é um cidadão como outro, pagador de impostos e com família para sustentar. Ela ressalta que, no momento, a associação está com pouco material para processar. Antes da pandemia, eram destinadas 30 toneladas por mês para reciclagem, agora estão entre 15 e 20 toneladas, pois teve uma grande redução do material.