Ulalalá!!!!O PMDB disse BASTA!!!!!!Espocou a silibina, ROSQUEOU o macaco!!!!CHEGA DESSE GOVERNO!!!! Agora é assim:  aqui é seu pai, ali é sua mãe!!!!! Cospe, se for macho!!! Como toda resistência, ela se dá, na forma colocada, uma contrariedade à dominação que, por si, já implica numa rendição conceitual posto que toda resistência é a constatação da existência de força contrária influente que necessite reação. E só se reage quando se sente atingido e se perde parte do que se tem, ainda que apenas a segurança de que o idealismo supere o realismo. Como política é feita de símbolos, o buraco, certamente, não se preenche apenas com um BASTA!

Pois é. É o caso. Não se pode dizer que o PMDB não tenha compreendido o seu papel no processo histórico e político do Estado. Exatos 30 meses após ser derrotado pelo seu principal adversário (o PSDB), por escassos 7.163 votos (diferença de parcos 1,06 pontos percentuais) e ter administrado o Estado por oito anos,  o partido assume o seu papel “contrarrevolucionário” e se declara oposição ao governo. O reacionário PMDB emerge na retórica dos deputados e de ex-governadores sem importarem com a fragilidade da reação desgarrada dos fatos, do calendário e das urnas que o colocaram na oposição, na verdade,  há cerca de três anos. Vociferada a mais de 600 quilômetros da caixa de ressonância, quando brincavam de parlamento lá no Bico (com diárias que beiram os R$ 700,00 mais outras despesas bancadas pelo contribuinte), a reação, a partir dos protagonistas,  caiu, como se vê,  no vazio que, talvez, fosse sua finalidade. 

Esse papel reacionário do PMDB,  assim entendido como uma reação no sentido de retorno à situação passada,  apresenta-se, a priori, como uma espécie de intervenção dos peemedebistas governistas diante da iminente sucessão partidária (tem reunião na próxima segunda). Sem prejuízo de desdobramentos, a posteriori , com aproveitamento dos que, verdadeiramente, se encontram do outro lado como os ex-governadores Marcelo Miranda, Carlos Gaguim e demais líderes. No lugar onde foram deixados pelo eleitor, ainda que com dificuldades de mobilização inerentes a quem não tenha mandato. Essa intervenção, com efeito, resulta, numa análise ligeira, que não ficaria bem, como resta evidente, ao PMDB que hoje é governo, demonstrações  de interferência  do Palácio na direção da legenda.  Algo que já se dá de forma velada mais por interesse dos próprios  peemedebistas que por uma ação palaciana mais efetiva, dado que o governo teria alcançado seu objetivo lá atrás, quando estes mesmos peemedebistas  não só deixaram de lado a sua função, como assumiram o projeto do oponente que combatiam com vigor cívico. Assim, na bica da renovação do diretório e executiva, o chamamento à história partidária é mais que obrigação: é uma tática dentro da estratégia em curso. Daí, em tese, nada melhor que levantar-se uma bandeira genuina que centralize as discussões, afaste o cálice, para justamente deixar tudo como está e, numa renovação de fé, ter o cálice de volta às mãos.

Ora, imagina o PMDB declarar-se oposição pela retórica do deputado José Augusto? O mesmo parlamentar que,  dias atrás, orientado da tribuna por outra peemedebista Josi Nunes, a assumir que era governo, que queria secretarias e aliança para 2014, reagiu com um  “Nós não somos nem radicalmente contra [o governo], nem radicalmente a favor” e teve a esposa vice do candidato governista na Capital. Ou nas diatribes entre o mesmo José Augusto e o ex-governador Carlos Gaguim, este acusado de não ter CPF limpo pelo líder  peemedebista e que retrucou que José Augusto utilizou o seu nome para titular terras sem o conhecimento dele como Governador. Gaguim chegou a dizer coisas do tipo:”Eu não quero entrar nisso, mas todo mundo sabe o que ele fez lá no Itertins. Quem acusou ele de corrupção não fui eu, foi o Luizinho, secretario do Siqueira, que agora ele apoia”. 

Pois é. Esse PMDB aí é que agora diz que é oposição. Desnecessário, como claro, explicitar as movimentações de Eli Borges (o santo militante ambulante), Iderval Silva (aquele que votou “errado” no candidato do governo na Assembléia derrotando pelo seu voto a "oposição"), Josi Nunes (cuja mãe Dolores é vice do governista Laurez Moreira), Vilmar do Detran (governista que já criticou outros peemedebistas por passarem-se por “santinhas”) ou mesmo Ricardo Ayres, o mais fervoroso defensor da candidatura de Eduardo Siqueira ao governo. E o que dizer de Junior Coimbra? 

Como se nota, o governo conseguiu, até aqui, senão implodir, pelo  menos dispersar o centro nuclear do partido e, com isto, fragilizá-lo na proporção das partículas que dele comanda. E esta cooptação não se faz apenas com sentimento,  mas numa clivagem onde prevalece a administração de  circunstâncias. A situação é de tal forma consequente que o  PMDB vê-se obrigado, agora,  a realçar de público sua função com o atraso de quase três anos, ainda que exponha paradoxos e contradições históricas. E dizer um basta! Ora, quando se diz  um basta, está-se dizendo que aceitava o que aí está. Se assim o fazia, não se consegue afastar o raciocínio de que era governo, que defendia o governo, ainda que na expectativa de que algo fosse mudado para incorporar a práxis peemedebista, no melhor dos sentidos. De forma que o BASTA do PMDB indica, num raciocínio lógico, o contrário do que se apresenta. Ou seja, se o governo melhorar o PMDB decide dar-lhe, novamente, a oportunidade de ter-lhe como companhia de viagem. Simples assim. Apesar das resistências mais pragmáticas que teóricas de Marcelo Miranda, Carlos Gaguim, Brito Miranda, Derval de Paiva, Eudoro Pedroza e tantos que ainda se encontram,  pelo menos aparentemente, na resistência. Resumindo: o grito do PMDB pode até mudar algo, mas, politicamente, é, na verdade,  um atestado de rendição, o partido foi engolido pela estratégia política palaciana e agora grita das cordas.

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