Caros, o negócio da água é rentável. E a tendência é ter seus lucros aumentados dado o potencial esgotável do produto. Por aqui ainda há abundância, mas é necessário cuidado tanto quanto ao potencial como quanto à sua exploração comercial.Oferta e procura. Não tão simples como se apresenta.

Com efeito, algumas variações do lucro necessitam justa medida. Não é necessário ir muito longe. A legislação estabelece uma conta mínima de 10 metros cúbicos! Certo?Correto. O consumidor usando ou não sempre pagará um valor mínimo. No Tocantins, isto está na faixa dos R$ 28,00 (água) mais R$ 22,40 (esgoto). Total: R$ 50,40.

Como no Estado apenas 28,22%  da população são atendidos com esgoto (o quarto pior índice do Brasil, só ganha de Rondônia, Amapá e Maranhão) –  parcos 12,9% das cidades têm o benefício -  fiquemos com apenas a tarifa de água: R$ 28,00.

 Pois é. Um consumidor (exemplo real que se aplica, na forma,  a todos os consumidores) teve no mês 7 um consumo de 8 metros cúbicos (Leitura do mês 6= 181 / Leitura do mês 7= 189). Pagou, portanto, pelo teto mínimo: 10 metros cúbicos.

No mês 8, a leitura do medidor deste mesmo consumidor registrou os seguintes números: Leitura anterior/mês 7= 189 e Leitura atual (mês 8)= 205. Diferença: 16 metros cúbicos. Ele teve que pagar por 16 metros cúbicos: R$ 52,17 (só o consumo de água). Sem descontar a diferença dos 2 metros cúbicos da leitura passada.

Resumo da questão: no mês 7 ele pagou dois metros cúbicos a mais. E no mês 8 foi tungado em dois metros cúbicos já que o marcador não registra os 2 metros cúbicos que pagou a mais do que consumiu.

Conclusão: ao consumir menos o consumidor pagou o dobro: por quatro metros cúbicos que não consumiu!!! No final do ano, a manter-se o número, o consumidor terá pago 48 metros cúbicos a mais por água que não consumiu. E a empresa concessionária, Odebrecht/Ambiental/Foz  lógico,  terá ganho por 48 metros cúbicos de água que não forneceu, que não deixaram as suas torneiras!!!!

Projete agora este número para a quantidade de consumidores no Estado que pagam a tal tarifa mínima e se terá o valor da tungada. É  legal? É. Beneficia, entretanto, seguramente mais a concessionária que o consumidor. E como é um serviço público, não há dúvida que requereria mudanças já que onde um ganha o outro perde, como comprovam os números da conta de água.

É pensar que o governo entregou de bandeja a grupos privados, por R$ 53, 5 milhões (R$ 51 milhões à vista que não se sabe onde foram parar) os 23,48% de participação que tinha na Companhia de Água do Estado (Saneatins).

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