A concentração de renda no Estado é visível ainda que os políticos propaguem (especialmente na Capital) um estado de potencial relevante. Esgrimem, dentre outros argumentos, a renda média tocantinense de R$ 1.796, mesmo que menor que a renda média nacional de R$ 2.157 (IBGE).

Fundamentam na elevada produção agropecuária. O problema é que a soja (mais de 90% da produção) é concentrada em grandes produtores e é mecanizada. Um número reduzido de investidores. Mesmo que representem 14% do PIB de R$ 29 bilhões, bem menor que os 32% da administração pública.

E que se note: maior que os escandalosos 4% que representam a indústria de transformação que é a que gera empregos privados. Ou seja: concentração de renda e commodities quase que como as duas metades da laranja. No meio disso tudo, o funcionalismo que não gera nada além de burocracia, papel e despesas.

Na própria agropecuária, as contradições são relevantes. Dados da Conab/IBGE/Ministério da Agricultura apontam para 2018 uma variação de crescimento da renda agropecuária na produção de arroz de 12% e da pecuária 9,8%. De outro lado, a previsão de variação de crescimento da renda dos produtores de soja é de 25,7% e do milho, 40,4%.

Ou seja, daqui a pouco passaremos a comer carne de soja e ração. Por escolha do mercado e da concentração de renda sem qualquer intervenção das instituições que tem, dentre suas competências, a sua regulação.

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Ponto Cartesiano

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