Sábado, 27 de Dez de 2025

Moisés Avelino foi um grande líder que deveria inspirar a classe política do Estado pelo exemplo de honestidade e caráter

27/12/2025 148 visualizações

A morte do ex-governador Moisés Avelino na madrugada deste sábado abre um grande vácuo na política do Estado.

Foi um grande médico, tinha obra social e, prefeito, um dos líderes do movimento de criação do Estado com a Associação dos Prefeitos do Vale Araguaia-Tocantins.

Foi também deputado federal por dois mandatos.

Durante algum tempo representou o polo esquerdista da política do Estado, onde Siqueira era a direita.

Como Siqueira (CE), era nordestino (Santa Filomena/PI).

A velhice os fez unirem-se deixando de lado a relação MDB/Arena. 

Moisés não fez uso do poder para desviar dinheiro público. Mas era temperamental.

Não apoiou o vice, João Cruz, em 94, na sua sucessão, favorecendo o retorno de Siqueira ao Palácio.

Devolvendo a Siqueira o favor que Siqueira o fizera na eleição de 90.

Quando deixou sozinho no palanque do Palácio, o senador Moisés Abrão, facilitando a vitória dele, Moisés, ao governo.

E na última eleição para prefeito em Paraiso, trocou seu pupilo do MDB pelo candidato do Palácio Araguaia.

Não acreditava em Palmas no início da cidade. Deu declarações infelizes, como governador, sobre a Capital.

Governava três dias da semana na cidade, despachando o restante de sua fazenda Mona, em  Paraíso.

No que facilitava o trabalho jornalístico dos profissionais que cobriam a agenda do Governador do Estado.  O lead já vinha pronto.

Em 92, perdeu a eleição de prefeito na Capital (mesmo sendo governador) para Siqueira (Eduardo) ao escolher candidato o deputado Eudoro Pedrosa, preterindo o secretário mais popular, Josino Guerra.

Um dos líderes  por trás de invasões na cidade e que tinha, indiscutivelmente, apoio popular da população que chegava à cidade sem lote ou casa. Dava apoio às invasões e solucionava o problema no governo.

Uma cidade que se iniciava, buscava gente, mas não tinha imóveis para abrigá-la. Apesar do descampado.

Moisés ignorou isto e apostou em Euduro, um político honesto mas que não tinha o apelo popular de Josino que foi abrigado como vice na chapa. Josino morreu com este nó na garganta.

Mas devolveu ao então prefeito, Eduardo Siqueira, o FPM que Siqueira Campos havia retirado de Fenelon Barbosa dois anos antes.

Seu governo foi certo modo prejudicado por especulações de impropriedades na Secretaria da Fazenda e na Casa Civil. E pelos problemas naturais de implantação de um Estado.

Foi um grande líder. Com os defeitos e qualidades de qualquer ser humano.

Um pai de família exemplar e, especialmente, um homem honesto.

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