No Estado fazem um "carnaval" retardado com o patrimônio do segundo suplente do senador Eduardo Gomes. Pelo amplificação  da reportagem do  Repórter Brasil (em que se omite ser uma Ong) - fartamente repercutida por setores da imprensa regional -  descobriu-se, agora, a pólvora.

O patrimônio do suplente de senador está declarado antes do registro de sua candidatura em 2018. É público, portanto, há cerca de um ano!!!! Este mesmo blog apontou aos leitores à época o fato, com o agravante de ter feito sua filiação a tempo de não perder o prazo eleitoral.

Era uma avaliação fundada numa régua moral e não legal. Isto porque sua filiação e registro de candidatura foram aceitas pela Justiça Eleitoral. E não poderia ser diferente, dado que atendeu aos dispositivos legais.

No ponto de vista moral, no Estado praticamente todos os empresários que fizeram parte de disputas majoritárias como suplente, o foram por financiamento do titular.Uma imoralidade consentida. Empresários, se tem poder econômico, falta-lhes poder político.  E o politico disto se aproveita para bancar suas campanhas e juntar alguns trocados.

Há diferentes moedas. Siqueira Campos foi saudado como um baluarte quanto tomou posse no cargo de titular de Eduardo Gomes quando era primeiro suplente. Siqueira era o candidato e abriu mão da cabeça para entregá-la ao suplente junto com os votos que dizia ter. Em troca, assumiu o cargo. Ou isto aí também não foi um comércio?

Ah, LA, Siqueira foi ex-governador do Estado, mora aqui. Ogari não nasceu mas filiou-se e disputou dentro das regras. Ou seja, a régua moral aplicada a um não póde ser diferente da sumetida ao outro. E o episódio da dupla renúncia o que foi? Não estou a criticar Siqueira ou Ogari, e sim o escrutínio a que são submetidos. Num, a virtude, no outro, o vício. Ambos numa mesma chapa.08

Ogari ( com patrimônio de R$ 407 milhões o financiador de 87% da campanha de Gomes, como se lhe atribui) teria sido até mais honesto: confessou a sinecura.Com um diferencial: informou candidamente que vai ter no gabinete do titular um sub-gabinetes. E aí já é Gomes que deverá ser preocupar.

Não com seu eleitorado (que o elegeu sabendo do suplente que tinha) mas do Regimento do Congresso e dos artigos da Constituição que dispõem sobre o que pode ou não fazer um Senador da República para não quebrar decoro e ser objeto de cassação como preveem os artigos 54 e 55 da CF.

Dividir um gabinete (bancado com recurso públicos) e criar um sub-gabinete para suplente (um grande empresários com interesses assumidos na reportagem) que  só é servidor público se assumir o cargo não é o que se pode dizer de um ação legal.

É claro que Ogari sempre poderá dizer que foi mal entendido ou que a reportagem fosse uma fake news. A substância da suposta negociata entretanto permanece nos fatos.

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