O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, lamentou a decisão do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de fundir esta pasta com a do Meio Ambiente. Em nota, o ministro disse que a fusão "trará prejuízos ao agronegócio brasileiro".

Maggi argumentou que 66% do território do país está preservado devido à ação dos produtores brasileiros. O custo para manter as reservas ambientais nas propriedades é usado pelo ministro em viagens internacionais para favorecer os produtos nacionais no mercado global.

Assim como o ministro do Meio Ambiente, que também se manifestou mais cedo contra a fusão, Maggi esclareceu que as pautas dos dois ministérios convergem apenas em alguns pontos. "Existem muitos fóruns importantes nos quais o Brasil deve marcar sua posição, mas não será possível para um ministro participar de todos sozinho", lembrou.

O ministro da Agricultura também ponderou que a pasta do Meio Ambiente trata de várias questões que não têm relação com o setor agro, como energia, infraestrutura, mineração e petróleo, e ressalta que seria dificílimo conciliar todos os assuntos sob um único comando.

Maggi já havia se posicionado contra a intenção de Bolsonaro durante o segundo turno das eleições. O então candidato do PSL chegou a sinalizar recuo, mas ontem(30), o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para comandar a Casa Civil, reiterou a decisão do novo governo de fundir as duas pastas.

O ministro Maggi lamentou novamente a ideia do novo governo e emitiu nota durante viagem aos Emirados Árabes, onde participa da exposição Agrispape.

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