A produção de imagens na UPA ontem por Janad Valcari e profissionais sem luvas, máscaras e sem autorização do poder público em setor urgência e emergência na Capital diz por si só.
E da dificuldade da parlamentar em separar o público do privado, a ciência do instinto primitivo e de sua régua de medir consequências que parece não coadunar-se com as regras gerais.
As imagens (vídeos e fotos) são indiscutíveis. A prefeitura circulou nota condenando a ação. Obviamente que fazer uso de instalações públicas sem autorização é uma invasão.
Muito embora isto tenha que ser declarado após investigações que podem,inclusive, concluir que tivesse sido apenas um mal entendido. Mas já leva passivos à deputada que pode ser "condenada" políticamente antes.
A deputada publicou nas suas redes sugerindo que estaria apenas fazendo o seu papel de parlamentar. Pode ser, mas há controvérsias.
Para instrumentalizar sua propaganda eleitoral, Janad submeteu´, é claro, os pacientes a riscos óbvios de contaminação.
Um exagero desnecessário dado que as pesquisas, até agora, indicam-na no segundo turno das eleições. Seria hora de pensar já no arco de alianças do segundo turno.
Algo que poderia ser evitado se fizesse uso do bom senso: pedir autorização para conversar com os pacientes (sem as câmeras e profissionais) e fizesse uso dos EPIs.
Não é porque é deputada que pode tratar prédios públicos como a casa da mãe joana. Ainda mais hospitais. Há leis.
Mas LA, a prefeitura poderia não autorizar. Sim. É sua competência autorizar ou não. Mas Janad teria o caminho da Justiça para pedir autorização.
Como não teve autorização da Prefeitura, nem de médicos ou enfermeiros, a ação da deputada não pode ser dissociada de uma invasão. E, como tal, enquadrada na lei.
A deputada é a mesma que mantém-se como empresária de um grupo musical (mesmo proibida como deputada pela Constituição Federal e do Estado)e que assina contrato com prefeituras.
Pode mudar sua conduta? Pode! Mas intuo que não segue orientações de quem conhece mais do assunto. Como Jair Bolsonaro, nestes tempos sombrios de redes sociais, ganha mais com seu irascível comportamento.
Mesmo à custa de perdas institucionais, morais e éticas na política e no poder público.
A Capital de 35 anos, criada do nada por pioneiros e desbravadores para ser exemplo nacional de civilização em iminente vias de retrocesso. Caso a inércia não seja alterada.
2 Comentário(s)