Nesta segunda-feira, 22, Dia do Descobrimento do Brasil, é aguardada a presença de Pedro Álvares Cabral para explicar aos índios colonizados a fórmula para garimpar R$ 250 milhões anuais nas terras de Pindorama. Sem fiscalização ou contrapartida adequadas.

E a derrama de uma das maiores tarifas de água e esgoto na Colônia com a H2o captada sem custo em mananciais horizontais e límpidos e despejando titicas e escórias em rios e lagos.

Mais uma vez está prevista para as 10 horas a oitiva do CEO da BRK na CPI da Câmara Municipal. Pela nota que fez circular na semana passada, tende a empresa a, novamente, negar informações e descumprir a convocação de Alexandre Honore Marie Thiollier Neto à sessão.

Espera-se que não. Senão seria uma esculhambação com o Legislativo de uma Capital de 300 mil moradores. E 200 mil eleitores.

Seria a repetição do aditivo da concessão pública, prorrogando-a até 2032, sem licitação. Sem a aprovação dos vereadores. E com a anuência dos ditos representantes dos moradores (prefeitura) para empréstimos bancários de R$ 640 milhões. A concessão como garantia do financiamento.

 Como é sabido, a empresa tentou no STF cancelar a participação do CEO. O pedido foi negado. Mas garantido o silêncio, como em toda convocação de testemunha. E não de investigado que ainda não é.

Para enfrentar o lobbye político (especula-se que até congressistas remariam contra a convocação e a favor da empresa), as lideranças de bairro e entidades deveriam encher as galerias do Legislativo municipal nesta segunda.

E aí o X: a  imensa maioria dos líderes estaria já comprometida financeiramente com pré-candidatos a prefeito. E, entre a BRK e a população, tendem a preferir o primeiro dada a possibilidade de terem suas campanhas irrigadas com a grana oriunda justamente das exorbitantes tarifas que a cidade paga.

De outro modo: parte do que a BRK retiraria  da população nas contas desproporcionais cobradas, destinaria justamente aos políticos, responsáveis por defender a população da continuidade das tarifas indecentes.

Relembrando:

A BRK Ambiental cobrava em 2018 uma tarifa residencial (herdada da Odebrecht Ambiental/ Resolução ATR  001/2016) de R$ 12,99 por m3 para usuários que consumiam 10 m3 mensais. Isto equivalia a uma conta de R$ 126,93 de água. Mais os 80% do esgoto, ficava em R$ 228,47.

A BRK cobra, hoje, para 10m3 consumidos uma tarifa de R$ 21,89. Ou seja, uma fatura só de água de R$ 218,90 que somados os 80% do esgoto dá uma fatura de R$ 394,02.

Tem-se aí um reajuste de tarifa em seis anos de 73,18% na conta. A inflação no mesmo período (2018/2023) acumulada foi de 35,05%.

Um crescimento real (acima da inflação) de 38,13%. Garimpado no bolso do consumidor.

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