O governo emite sinais contraditórios transcorridos menos de quinze dias da reeleição. Há, ainda, prazo para inflexões à esquerda ou direita. Mas a distorção entre planejamento e execução gera desconfiança, o que não é melhor das situações para um Estado que, se não é insolvente, sujeita-se à falta quase que diária de liquidez.

A sinalização de que só fará cortes em janeiro e a projeção de renúncias fiscais de R$ 477 milhões em 2019 disposta na LDO em tramitação no Legislativo, com efeito, se opõem radicalmente, a priori, às propostas de busca de equilíbrio fiscal.

Evidentemente que fazendo ajustes em janeiro, o Estado só poderá observar resultado dessa equação no segundo quadrimestre. Ou seja: a partir de abril. Esquece. Mais quatro meses fora da LRF e, para o interesse governamental, excluído dos empréstimos que enxerga como relevantes para viabilizar os investimentos prometidos na campanha.

Desta forma, fariam mais sentido as demissões no final do ano (prazo de renovação dos contratos temporários e por tempo determinado) e não em janeiro. A lógica particular é que, feitos os cortes, o Estado já estaria enquadrado, mesmo que, no quadrimestre seguinte, retomasse os gastos.

Pode não ser o caso no governo Mauro Carlesse pois ainda não colocado em prática. Apenas suposições fundadas em uso recorrente. Tanto Sandoval Cardoso como Marcelo Miranda (os mais recentes) demitiam antes do fechamento do quadrimestre e recontratavam no quadrimestre seguinte. Deu no que está dando.

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