O governo tem se esforçado para que revisitemos Aristóteles: o que é bom é concomitantemente bom e não mau!!! Isto a partir deste juízo. O problema (o outro lado do juízo de Aristóteles que o governo deixa de lado) é que a primeira qualidade (bom) é da essência, um juízo verdadeiro. Já a segunda, por acidente. Ou: falso. Ou ainda: não verdadeiro.

Contra sua própria lei (e os últimos princípios propostos à população do Estado) o governo promoveu 1 mil e 700 policiais militares. Uma coisa boa (para os militares um direito e ativo político do governo) mas que não enfrenta a negação do falso juízo de, ainda que por acidente, este bom, não deixasse de ser mau e aí não mais fosse bom.

Na contabilidade pública (e seus desdobramentos junto aos demais servidores e população) não há como uma coisa também não boa, deixe de ser má. Ou boa completamente. E em sendo má, não é uma coisa boa. Os militares foram promovidos (1,7 mil) mas outros 33 mil servidores públicos não o foram, ainda que submetidos à mesma legislação e às mesmas limitações orçamentárias.

O descumprimento de seus próprios códigos, com efeito, fragiliza o governo e suas decisões, levando insegurança jurídica ao Estado, um elemento a mais na grave crise por que passam a administração pública e a economia regional. E isto influencia diretamente nos empresários dispostos a investir na região.

No momento em que o governo federal, por exemplo, discute uma Reforma da Previdência (que vai atingir diretamente os RPPS como o Igeprev) não pode ser levada como possível de defesa uma decisão do governo estadual de promover militares, adiar o pagamento das promoções a ativos e determinar que inativos recebam aposentadorias com o valor corrigido das promoções. É algo surreal, irracional até. Quem irá pagar a diferença, não explicou.

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