O PT perdeu o rumo. Enquanto o ex-chefão Zé Dirceu dava entrevista esta semana avaliando que o governo do PT (Lula) é de centro-direita, no Estado os candidatos à presidência regional da legenda (eleição em 6 de julho) pregam o socialismo.
Parecem uns lunáticos comparado ao pragmatismo lulista, sua maior expressão. Uns ainda argumentam: Lula governa na direita mas é de esquerda. Mas a cartilha de Lula é a do PT.
Lula nunca foi de esquerda, na verdade. A história do ABC e do PT está aí. A esquerda intelectual paulista tentou apropriar-se do operário de centro nordestino que é e sempre foi Lula. Apesar do PT. Prefere o wiskie à cachaça.
Fora noutros tempos do Zé, seriam enquadrados no tal centralismo democrático defendido com o vigor stalinista com que o ex-chefe da Casa Civil exibia armado do quadro de guerrilheiro beneficiado com o sequestro do Embaixador norte-americano no Brasil.
E que não disfarçava nas vezes em que desembarcou de jatinhos particulares de empresários na Capital do Tocantins. Depois da Papuda, submergiu. E agora emerge como pre-candidato a deputado federal.
E o governo é mesmo de centro-direita. O ministério é praticamente todo composto de políticos de direita. O Congresso também. Uma necessidade diante da escolha popular.
Após o governo Dilma, o PT nunca mais se aprumou. Os desvios do mensalão se reproduziram no Estado com os escândalos do Incra. E as parcerias pragmáticas de dirigentes do partido com os governos estaduais sem distinção.
Na pré-campanha no Estado é possível fechar os olhos e escutar nos discursos dos potenciais canditados à direção partidária e até ao governo do Estado, o grito de “Diretas Já”.
Um sinal de que, por enquanto, o PT jaz.