Enquanto o governo do Estado deixa correr frouxo as aglomerações sem articular com prefeitos e entidades medidas de contenção no Tocantins, sabe-se hoje que o Tribunal de Justiça do Amazonas determinou naquela Unidade da Federação o fechamento das atividades não essenciais por quinze dias.
No Tocantins, exceção a medidas tímidas do governo e em algumas cidades, as pessoas continuam na farra da Covid-19. Sem importar-se com a vida sua e dos outros. Ontem o isolamento social no Estado continuava o pior do país: 43,3%.
O Amazonas é o Estado em que a Covid-19 tem mais matado nessa segunda leva. No Tocantins ainda estamos na primeira. As pessoas celebram o menor número de óbitos e de casos no Estado, comparando com os demais. Uma falácia, dado que se a população é menor certamente os números serão menores. Mas tem a proporção a barrar-lhe o argumento mais político que técnico.
Na verdade o índice de contaminação no Tocantins é hoje maior que do Amazonas (dados do MS). É de 5.183/100 mil (AM) e 5.762/100 mil (TO). Se em Manaus (capital) o índice de contaminação é de 4.050/100 mil habitantes, em Palmas (capital do Tocantins) este índice é de 7.214/100 mil.
Difere-os o índice de mortandade: Amazonas (136 óbitos/100 mil) e o Tocantins (78/100 mil). Manaus registra 166 óbitos/100 mil habitantes e Palmas 72/100 mil. Enquanto o Amazonas tem 3,8 milhões de habitantes (Manaus, 2 milhões), o Tocantins tem 1,5 milhão (Palmas, 300 mil). Amazonas com 201 mil casos e o Tocantins com 90 mil. Manaus 81 mil casos, Palmas 21 mil contaminados.
Diferença que pode ser atribuída aos problemas sanitários no Amazonas ou logística dos municípios para acesso a tratamento. Mas no Tocantins, o maior índice de contaminação deveria acender a luz vermelha nos prefeitos e governador do Estado dada a possibilidade de colapso no atendimento que pode ter como consequência o aumento das mortes, tal como ocorreria no Amazonas.