Os deputados aprovaram ontem projeto do Executivo que doa à Prefeitura área para a construção do Hospital Municipal da Capital. Uma área de 24 mil m2 na ACSU-SO.
É um avanço. A prefeitura diz ter disponível R$ 100 milhões para a obra. Mas há os equipamentos e profissionais. Entabula convênio com a Universidade Federal do Tocantins.
Há nesta questão do hospital municipal muito lixo político. Palmas tinha um hospital comunitário até a abertura do HGP. Ou seja, há 19 anos a cidade não tem um hospital municipal.
Mas o passivo político é direcionado a Cínthia Ribeiro, na prefeitura há seis anos e sem recursos de emendas parlamentares para a obra.
Outro dejeto político é atribuir aos pacientes encaminhados pelas UPAs o esgotamento do Hospital Geral de Palmas.
No primeiro quadrimestre de 2024 (dados da Secretaria de Saúde de Palmas), as UPAS da Capital fizeram a classificação (receberam) 73 mil pessoas. Destas, apenas 2.737 foram encaminhadas ao HGP. Ou seja, 3,7%.
No primeiro quadrimestre de 2023, foram classificadas nas UPAS 124 mil e apenas 1.239 encaminhadas ao HGP. Um índice de 0,99%. E no º quadrimestre de 2023, o índice de transferências das UPAs para o HGP foi de 2,41%.
A diferença a maior no primeiro quadrimestre de 2024 diz respeito (segundo a Saúde) às doenças respiratórias como dengue, zika e chikunginya, no período sazonal.
Se considerarmos todo o ano de 2023, foram classificadas nas UPAs 351 mil atendimentos. Destes, apenas 6.5 (1,86% dos pacientes) foram mandados para o HGP.
De outro modo: não é verídico que as UPAS estivessem encaminhando todos os pacientes para o Hospital Geral de Palmas.