O risco que corre o vice-governador Wanderlei Barbosa na eleição de presidente da Câmara de Palmas na tarde de hoje talvez não contribua com o projeto político do Palácio Araguaia. Isto considerando que o vice estivesse mesmo interessado em colocar um pupilo no cargo.

Senão, vejamos: Mauro Carlesse desviou esta semana que por enquanto não estaria pensando em eleição daqui a dois anos. Voltaria à vida de empresário. Em política, sempre que se faz a leitura inversa, se acerta. Mas sabe-se lá se o vice acreditou.

O Governador seria um caso raro de em oito anos ter sido eleito deputado estadual, presidente da Assembléia Legislativa, governador interino, governador eleito e reeleito. E depois, iria para casa.

É um contexto em que não somaria ao Palácio expandir uma disputa com o Paço. Vereadores podem, se quiserem, inviabilizar a prefeita, mas a troco de que? Mas isto não depende apenas do presidente da Casa. E Cínthia Ribeiro deixou as urnas com um ativo político invejável. É o novo.

Fazendo a leitura inversa das palavras de Carlesse, o Governador pretende disputar o Senado. Só haverá uma vaga em disputa. Wanderlei assumiria o governo em abril de 2022. Iria terminar o governo ou abrir uma disputa jurídica para candidatar-se à reeleição com adversários com maior capilaridade eleitoral no Estado. Já é vice-reeleito. E assumiu o governo por outros períodos.

Em disputando a reeleição, pode ter como adversário o senador Eduardo Gomes, do mesmo grupo palaciano e aliado da Prefeita (o irmão pode assumir a Prefeitura). Situação que não favoreceria em nada, tanto sua pretensão quanto a de Mauro Carlesse que poderia ter o contrário: Senador e Prefeita do mesmo lado: o seu.

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