Um dos absurdos jurídicos que requereriam indignação. O Superior Tribunal de Justiça determinou que a Justiça Federal em Palmas ouça 32 testemunhas da Operação Maet. A decisão teria sido recebida ontem na 4ª Vara da Justiça Federal na Capital.

Vai para nove anos (2010) que quatro desembargadores (Willamara Leila, Liberato Póvoa, Amado Cilton e Carlos Souza) e advogados tiveram seus nomes expostos e ligados a supostos crimes que, passada quase uma década, a Justiça não os condenou nem os absolveu. Tiveram suas vidas arrasadas.

Seus nomes e carreira foram literalmente jogados na lama e a Justiça, pelo que se deduz, não tem, dez anos depois, o conjunto probatório já que decidiu, somente agora, pegar novos depoimentos de testemunhas.

Como é notório, os acusados foram submetidos a uma condenação pública imposta pela mesma Justiça que não os julga da forma devida e legal. Ou seja, foram condenados antecipadamente sem a formação da culpa ou sentença judicial.

Caso absolvidos ou condenados, nada os dará de volta o que perderam (e continuam perdendo) com a ação/inércia do Judiciário. E sem qualquer reparação, caso absolvidos. Já perderam parte de suas vidas. E não se diz se são culpados ou inocentes.

Os prejuízos, entretanto, não seguem a regra. São contabilizados diariamente. Não só numérica ou financeiramente,  mas do ponto de vista moral e dos anos de vida que a Justiça deles tem se apropriado.

 

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