Há que se observar, na crise política que se fomenta com razoáveis motivações mas réguas desmedidas, indicadores consideráveis do atual governo.

Uma administração que tem equívocos que aponto diariamente apesar dos humores palacianos circunstanciais.

Mas indiscutivelmente é a melhor administração, do ponto de vista fiscal e administrativo, em três décadas. E isto não é mérito do acaso e sim do governo Wanderlei Barbosa.

Há ainda aqueles que pregam que isto se dá em função do crescimento da economia (10%). É, em parte, plausível. 

Mas a economia brasileira projeta crescer (BC) apenas 2,23% este ano (2,9% em 2023).

Há, portanto, fatores diferenciais para o resultado de um e outro. E não é precisamente a mão dos deuses do Olimpo.

Há, sim, deficiências na transferência desse crescimento para a população de baixa renda no Estado. A larga maioria dos sobreviventes ao êxito do agronegócio que dizem ser a vocação do Tocantins.

E, claro, os R$ 2 bilhões de isenções fiscais a empresários que não demonstram a contrapartida da renúncia de recursos que poderiam ser aplicados na pobreza.

Muitos também irão levantar vozes contra a constatação racional justapondo as deduções e induções do inquérito da PF. E que ainda estão apenas sendo investigadas.

De outro  modo: imprimem o debate empírico desgarrado do racionalismo.

Não poderia ser mais exemplar o comparativo de receitas e despesas do governo publicado na última sexta.

Lá, a administração informa ter registrado de janeiro a julho receitas correntes de R$ 12 bilhões. E despesas correntes de R$ 8,8 bilhões. Não é um governo perdulário que gasta mais do que arrecada.

As despesas totais somaram R$ 9,7 bilhões para uma arrecadação total de R$ 13,4 bilhões. Um superávit de R$ 3,7 bilhões.

E pagou no período R$ 8,8 bilhões. Deveria apenas 9,5% do contratado.

Não é, por certo, o melhor referencial de gastança no serviço público.

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