A intimação do CEO do grupo da BRK para depor no próximo dia 1º de abril na Câmara de Palmas dá peso à CPI que investiga a empresa na Capital, com desdobramentos no Estado.
As informações de que dispõe a Comissão já são suficientes para dar ao caso a dimensão pública que ele tem. “Estamos dando a oportunidade da empresa se explicar”, disse ao blog na manhã desta terça o relator da CPI, vereador Nego.
Uma das dúvidas da CPI é o motivo pelos quais a BRK faz suas publicações oficiais referentes a sua atuação no Tocantins no Estado de São Paulo.
Desconfiam os vereadores que seria para dificultar o acompanhamento e transparências. E, claro, fugir de licitações públicas. A empresa é, como já comprovaram os vereadores, desde 1.999 (capital majoritário privado). De lá para cá, entretanto, teve renovada sua concessão sem licitação pública.
Neste período, a BRK e suas antecessoras teriam recebido aportes do governo federal da ordem de R$ 750 milhões como se fosse estatal. Já há relatórios do Tribunal de Contas da União. Apesar disso aí, a empresa teria registrado prejuízos nos seus balanços. Publicados em São Paulo.
A empresa fez um empréstimo de R$ 640 milhões com a Caixa tendo como contrapartida para a anuência (obrigatória) da prefeitura de Palmas o investimento de R$ 250 milhões na cidade. E que não teria sido cumprido, conforme a CPI.
Há expedientes que realçam a certeza de falta de fiscalização. O cálculo das tarifas cobradas dos usuários foi feito por uma empresa contratada pelo próprio grupo e aceito pelo poder público.
Hoje, a BRK cobra no Estado a maior tarifa de água e esgoto da região Norte do país.