Os vereadores da Capital podem ter que fazer uma escolha hoje entre a virtude e o vício, a honradez e os modos financeiros imorais e ilegais de convencimento. Dependendo da escolha, revelarão seus verdadeiros patrões.

O CEO da BRK (sob duas decisões do STF) é obrigado a comparecer à CPI da BRK na Câmara as 10 horas desta segunda.

O CEO é canadense. A tentativa de fuga da CPI na Justiça estadual e no STF (negadas) dá pistas de que a BRK, após ter subestimado as instituições de Estado, tem medo das explicações cobradas. E do que pode sobrevir do depoimento.

A população de Palmas que, até agora, era deixada nas mãos da empresa, pagando seus milhões de empréstimos (bancários e debêntures) com tarifas exorbitantes, no entanto, não está fora de perigo.

A CPI é formada por três vereadores: Josmundo (presidente), Nego (relator) e Eudes. Os dois primeiros filiaram-se ao PL na semana passada.

Ambos não tiveram votos para se eleger em 2020, assumiram na vacância de Janad Valcari e Moisemar Marinho, eleitos deputados. Um teve a 25ª votação (de 19 eleitos) o outro a 36ª.

O desempenho eleitoral indica fragilidades. E isto em pré-campanha é filé para os fracos de juizo e de formação. E oportunidade de comércio para os donos do açougue.

Valhacouto de oportunidades a empresários que fazem fortuna com o que lhes oportuniza o poder público, legitima e legalmente ou não. De uma forma ou de outra, garimpam dinheiro do contribuinte.

Desde então, Josmundo e Nego alteraram seus comportamentos e avaliações na Comissão.

A CPI foi instalada no ano passado e até a mudança de partido, ambos eram ferrenhos defensores do povo e da investigação. A ver como concluirão a engenharia na sessão desta segunda. Se escolhem a população ou a BRK.

Entre as decisões da Justiça Criminal, STF e esta segunda, passaram-se quatro dias. Prazo suficiente para que o PL (maioria na CPI) financie um arranjo que derrube, internamente, a convocação. Passaporte para o canadense deixar o país.

E a população e Justiça ficariam  lambendo o beiço com a broxa nas mãos, porque sempre se poderá dizer de matéria interna-corporis.

A BRK, desta forma, que já determina as ações do Legislativo estadual e de setores das instituições públicas nos bastidores, estaria mostrando, de público, o poderio privado sobre o poder público.

A ver as vergonhas e os desavergonhados.

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