O prefeito Eduardo Siqueira segue preso preventivamente. E portais no Estado estampam desde as 22h27 de ontem à noite que o ministro Cristiano Zanin teria negado a revogação da preventiva e a prisão domiciliar.
Até as 22h28 o processo estava concluso ao relator. Ou seja, sem decisão judicial.
Não havia publicação da decisão e um dos advogados de Eduardo, Juvenal Kleiber (o outro é Roberto Podval) disse ao blog nessa madrugada que não fora informado da suposta decisão.
E que nada havia sido publicado já que na movimentação processual a situação era de concluso ao relator. Essa imagem aí de cima. Segredo de Justiça.
De outro modo, verdadeira a informação, os portais teriam sido informados antes da decisão ser publicada no movimento processual no STF.
A situação sugere que o gabinete do próprio ministro tivesse vazado a informação. Ou a PGR, que tal? Ou ainda outros advogados que tivesse acesso ao processo.
Se advogados não sabiam, não estava na movimentação processual....Ou seja, as "fontes" de Eduardo, por outro lado, não sabiam também da decisão. Ou mudaram de lado.
Conclusão: haveria outros interessados e aí, sim, agora, vazando de fato, informações.
Tem-se aí duas situações que demonstram de forma indiscutível a direção equivocada do STF no combate ao vazamento do processo.
A primeira é óbvia: os processos estariam sendo vazados não pelos investigados presos (derrubando o fundamento da prisão).
E em segundo, caso não haja ainda decisão sobre os pedidos, o componente político de apressar a situação de fato consumado, ainda que assumindo os riscos que levaram os investigados à prisão.
Um movimento que teria remetente e destinatário.